Retirada da TEC de importação deve desestimular aumento da oferta de arroz pra próxima safra que está começando no RS

Publicado em 10/09/2020 13:11
Roberto Fagundes Ghigino - Presidente da Associação de Arrozeiros de Uruguaiana/RS
Preço do arroz bate recorde, mas não chega inteiramente ao produtor nas vendas da safra passada. Preocupação agora é sobre os preços retornarem à patamares menos do que o custo de produção, que subiu 15% neste ano

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Retirada da TEC de importação deve desestimular aumento da oferta de arroz pra próxima safra que está começando no RS

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O plantio da próxima safra de arroz já começou na região de Uruguaiana no Rio Grande do Sul, mas os trabalhos devem ganhar força após o dia 20 de setembro. Até aqui, os produtores estavam animados com o atual cenário de preços e considerando até mesmo aumentar a área de cultivo, mas a confirmação da retirada da TEC de importação de país fora do Mercosul pode modificar este cenário.

O presidente da Associação dos Arrozeiros de Uruguaiana/RS, Roberto Fagundes Ghigino, relata o medo do setor de que essa entrada de oferta do produto em um momento próximo à safra nacional de outros países do Mercosul possa derrubar os preços do arroz novamente abaixo do custo de produção.

A liderança explica que já existe arroz indiano importado pelo Brasil, mesmo com a existência da TEC, e que novos volumes oriundos dos Estados Unidos poderiam chegar até meados de novembro. Em ambos os casos, os volumes chegaria com preços parecidos com os atuais no Brasil e com qualidades inferiores as que o brasileiro está acostumado.

Ghigino lamenta esta decisão do governo de retirar a TEC de importação, ainda mais após a Câmara Setorial do Arroz ter rejeitado a proposta com uma votação de 16 a 6 contrária a esta media em sua última reunião.

Por fim, o presidente afirma que, estes atuais patamares de preços recordes acima dos R$ 100,00 a saca não chegaram a sua totalidade aos produtores. Já que o preço médio de venda da safra passada ficou entre R$ 50,00 e R$ 70,00, com poucos volumes aproveitando estas últimas cotações. Além disso, destaca que não é o produtor quem escolhe o preço de venda, mas sim é o mercado quem determina o quanto irá pagar pela produção.

Confira a entrevista completa com o presidente da Associação dos Arrozeiros de Uruguaiana/RS no vídeo.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Joacir A. Stedile Passo Fundo - RS

    Como sempre! Quando o produtor de grãos visualiza uma chance de ter um pouco de margem, surge a importação para reduzir os preços!!!. Para o consumidor leigo é uma medida de feito imediato, mas esse mesmo consumidor vai ter que enfrentar as consequências na próxima safra! Desestímulo, redução de área e aumento de preços novamente! Importa novamente? Pode ser mas estará sempre sujeito à disponibilidade e ao câmbio.

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    • Gilberto Rossetto Brianorte - MT

      Raposa Serra do Sol!!!! Alguem se lembra disso? O que plantava lá? .... Pois é, será que os indios que ficaram com as lavouras não conseguem suprir essa demanda? A resposta perguntem para os indigenistas, ambientalistas ou, quem sabe, ao STF que mandou retirar os agricultores de lá.

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    • Leodir Vicente Sbaraine Terra Roxa - PR

      Bando de Ordinários, infelizmente não temos Patriotismo no Brasil, do contrário, seríamos a Muuiitoos Anos Primeiro Mundo, sem dúvidas....

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