Volta da demanda no atacado faz feijão carioca retomar patamar dos R$ 200,00/saca. Mas consumo no varejo ainda é fraco
Nesta semana, o preço do feijão carioca reage, retomando os patamares de R$200/saca. Os patamares ainda não são considerados remuneradores, mas se mostram melhores em relação às duas últimas duas semanas, quando os preços chegaram a despencar até cerca de R$150/saca.
De acordo com Marcelo Lüders, analista da Correpar, o momento é de condição favorável para o desenvolvimento das lavouras, com uma oferta melhor no mercado, mas o feijão ainda depende de uma volta do consumo no varejo, o que não vem ocorrendo em níveis expressivos.
A chegada das chuvas atrapalhou a colheita, que vem sendo feita em algumas áreas pontuais do estado de São Paulo, mas o grande fator que impulsionou os preços, de acordo com Lüders, foi a organização dos produtores para não venderem abaixo do preço de custo.
Nesta semana, com os preços mais altos, chegaram a ser comercializadas no mínimo 250 mil sacas, saindo de um patamar de quase zero, o que é considerado um "periodo raro no mercado", segundo o analista.
"R$200 não é um preço maravilhoso, mas já começa a viabilizar. Dá uma pequena margem para quem está colhendo agora, mas o ideal seria alguma coisa por volta de R$240 a R$240, por conta do risco e da produtividade. Diria que o número confortável para o produtor seria R$250 para estimular que ocorram plantios para a próxima safra", aponta.
A expectativa é de que venha uma safra de boa qualidade, mas os produtores que estão colhendo agora precisam que as chuvas deem trégua. No Paraná, já é possível observar também um bom desenvolvimento das lavouras, mas a área plantada no Brasil não deve superar 1 milhão de hectares, o que já é um aumento em relação à última safra, mas não chega aos níveis obtidos em 2013 e 2014.
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