Compradores tentam pressionar cotações do feijão, mas vendedores saem do mercado a espera da demanda de início de mês
Nesta última semana do mês, o mercado do feijão carioca encontra um cenário no qual compradores e produtores estão recuando, devido à baixa demanda, tradicional do período. De acordo com Marcelo Lüders, analista da Correpar, os produtores aguardam a próxima semana, que deve ser melhor em termos de demanda, para vender acima de R$370/saca.
As duas próximas semanas devem ser melhores em demanda por ser período de pagamento, mas o limite das vendas não deve ultrapassar os R$400/saca. “É difícil imaginar que os preços vão ser forçados muito acima desses limites”, destaca o analista. Ele aponta também que mercado está relativamente ajustado, sem excesso de oferta.
Para a próxima safra, o aumento de área, apesar dos preços atrativos, também não deve ser muito expressivo. Algumas situações, como o custo do plantio e o prejuízo líquido incerto faz com que produtores optem pela soja e pelo milho. O analista lembra que as sementes de feijão subiram tanto quanto subiu o grão.
Um aumento de oferta, também, poderia modificar os patamares de preços. “O mercado de feijão carioca é bem delicado. Esse perfil tem mudado, mas ainda não é uma garantia de 100%”, lembra.
Depois da última frente fria, que não trouxe danos para a lavoura, os produtores se sentem mais seguros e entusiasmados para realizar o plantio. Já há feijões plantados em algumas áreas do Paraná, começando a desenhar o início da safra 2016/17.
A medida em que o cenário internacional vai se complicando em termos de abastecimento, a situação é boa para o plantio de feijão preto, mas o analista aponta que não há um ânimo tão grande para essa produção se comparada com o feijão carioca. Os preços para o feijão preto estão a R$250/saca, o que também é vantajoso ao produtor.
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