Custo de produção elevado e menor oferta com quebra de produção na safra 2015/16 fazem arroz atingir níveis históricos
Mesmo atingindo em julho um patamar 50% superior na comparação com o igual período do ano passado, chegando a R$ 50,50 a saca na média do Rio Grande do Sul, os preços do arroz continuam abaixo dos custos de produção.
Segundo levantamento do Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz) o desembolso médio para produzir 1 hectare neste foi ficou em R$ 44,70, aumento de 18% em relação a safra passada "que já havia registrado avanço de 17% na comparação com a temporada anterior", explica o diretor comercial do Instituto, Tiago Sarmento Barata.
Embora as análises indiquem continuidade das cotações em níveis elevados ao longo deste ano, os orizicultores não conseguem boas margens. Conforme destaca Barata, "somente na primeira semana de junho os preços atingiram patamares acima dos custos de produção".
Para o Cepea, com expectativas de preços ainda maiores para o arroz em casca nos próximos meses, compradores vêm antecipando as aquisições do produto. A baixa oferta combinada à demanda aquecida continuam sendo os principais fatores altistas.
Nesta safra houve a redução de 1,4 milhões de toneladas em função de problemas climáticos e encolhimento de área. Mesmo assim, Barata não vê risco de desabastecimento no Brasil.
"Também não vejo essa provável importação como fator baixista, apenas limitando a intensidade das altas", afirma o diretor que espera importações de 1 milhão de toneladas neste ano, contra 500 mil da temporada passada.
O Irga alerta, no entendo, que os produtores evitem a comercialização concentrada, afim de não promover quedas expressivas nas cotações.
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