Excesso de chuvas no PR afetam o andamento da colheita do milho safrinha; no Oeste do estado trabalhos estão parados há 15 dias
O excesso de chuvas, principalmente na região Sul do país, tem prejudicado o andamento da colheita do milho segunda safra. No Oeste do Paraná, os trabalhos de campo já estão paralisados a mais de 15 dias.
As previsões climáticas para os próximos dias dão conta de mais chuvas para o sul e sudeste do Brasil, o que deve agravar o atraso na colheita, haja vista que mesmo após as precipitações cessarem há um período de espera antes de retomar os trabalhos. Segundo Márcio Genciano, consultor de mercado da MSG Rural, esse cenário deve gerar um custo adicional aos produtores, que terão que investir mais na secagem do milho.
"Os produtores precisam colher - muitas vezes - com excesso de umidade porque eles não sabem o que vai acontecer e podem vir mais chuvas, isso acaba gerando um custo maior de secagem lá na frente", explica o consultor que considera precipitado falar de quedas na produção neste momento. Para Genciano, os problemas climáticos afetam até o momento na qualidade do produto, que em alguns casos acumulo de chuvas provoca grãos ardidos ou brotados.
Além dos percalços com a colheita, a possível redução na qualidade e o aumento dos custos consequentemente "vão gerar um renda menor ao produtor".
Preços
Os preços no mercado interno tem se sustentado por dois fatores, "o excesso de chuva que impede a colheita e não deixa colocar milho no mercado", além da cotação do dólar que sem sido um fator positivo na formação dos preços. No entanto, segundo Genciano quando a oferta chegar ao mercado "esses patamares não devem se sustentar". Na região Oeste do Paraná as negociações acontecem a R$ 23,00 a saca para o milho disponível, e na soja R$ 65,00 a R$ 66,00/sc para agosto.
Mesmo com o novo relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será divulgado na próxima sexta-feira (10), o consultor considera que não devemos ver grandes oscilações no preço, haja vista que "não deverá ter muitas novidades neste relatório de agora, apenas no de agosto" onde o USDA pode trazer um correção dos estoques de milho e soja, afirma.
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