EUA 2015/16: Excesso de chuvas no Meio-Oeste já atrasa plantio de soja e começa a preocupar produtores
O excesso de chuvas, nos últimos vinte dias, no Meio-Oeste americano tem provocado atraso nos trabalhos de campo e já começa a preocupar os produtores dos Estados Unidos.
De acordo com o boletim de acompanhamento de safra, divulgado nesta segunda-feira (08) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) dão conta de que 79% da área de soja está plantada. Esse valor, no entanto, está abaixo da média dos últimos cinco anos - que é de 81% - e também abaixo do percentual registrado no mesmo período do ano passado.
Segundo o engenheiro agrônomo, Eduardo Beche uma evolução no quadro das chuvas pode intensificar o atraso no plantio de soja. O estado do Missouri é uma das regiões mais afetadas, menos de 30% da área está cultivada, mas "normalmente a época de semeadura no Missouri é um pouco mais cedo do que os estados do norte", explica Beche.
Diante desse cenário, muitos especialistas já falam na necessidade de replantio em algumas regiões. "Temos observado isso na soja, mas os produtores também estão preocupados com o milho, porque foi plantado mais cedo e pegou muita chuva", afirma o engenheiro agrônomo.
Os produtores devem agora observar se o plantio da soja será concluído dentro da janela ideal, que precisa ser concluído nos próximos 30 dias. Caso, as condições climáticas continuem impedindo os trabalhos de campo as expectativas de super safra podem não se confirmar, e isso para a composição de preços no mercado internacional pode ser positivo.
Preços
Para Beche, o mercado internacional de soja ainda reflete as definições e comercializações da safra 2014/15 do Brasil, com isso os produtores norte-americanos têm segurado suas vendas na expectativa de melhores preços.
"O agricultor norte americano, como o brasileiro, está muito ligado no mercado internacional, e a tendência das políticas do governo é partir cada vez mais para o lado das exportações, principalmente com a soja. É uma preocupação muito grande dos agricultores em se tornar mais competitivos com os brasileiros", afirma Beche.
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