Produtores de arroz do RS pedem prorrogação da cobrança do custeio da safra 2014/15 frente a um mercado pressionado e custos elevados

A falta de liquidez para produção de arroz no Rio Grande do Sul, fez com que os produtores do estado solicitassem a prorrogação da cobrança do custeio da safra 2014/15. A referência Esalq/BM&FBovespa para a terça-feira (27) fechou em R$ 34,09 a saca de 50kg, uma desvalorização de 4,40% no mês.

Segundo Henrique Osório Dornelles, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul, a safra 2014/15 obteve a segunda maior produtividade da história, fator que somado a restrição do crédito e aumento nos custos de produção, tem preocupado os produtores que estão "ofertando o arroz mais do que a capacidade de demanda, e derrubando o mercado", afirma.

Com objetivo de minimizar os impactos da crise econômica no setor produtivo, a Federarroz vem pleiteando junto ao Ministério da Agricultura a prorrogação da cobrança do custeio, haja vista que até mesmo as indústrias estão com dificuldade de adquirir crédito e "solicitam de 30 a 40 dias para realizar o pagamento aos produtores, e assim pressiona as cotações à medida que coloca os produtores em risco", declara Dornelles.

Para ele, a única solução para a rizicultura seria o governo injetar crédito a baixo custo no setor e nas indústrias, além de intervir junto aos agentes financeiros para conseguir a prorrogação do pagamento do custeio. "Disponibilizando crédito ao produtor acreditamos que essa oferta se estanque no mesmo momento, e as coisas comecem a se equilibrar".