Preço do carioca sobe durante essa semana com oferta mais restrita e demanda aquecida para recompor estoques
“Ficaram esperando o feijão da segunda safra melhorar e o volume total colhido até agora foi pequeno, e exatamente nesse momento que a oferta poderia aumentar um pouco mais, percebe-se que ela não é tão grande assim. Com isso acabam forçando um pouquinho os preços para uma valorização”, explica Lüders.
Dessa forma, o momento é de vendas para o produtor brasileiro. "Não há porque o produtor guardar mercadoria para atender em outro momento. A hora de vender é agora, quando tem comprador”, orienta o representante da Correpar, afirmando que os próximos momentos podem ser de pressão sobre as cotações. Em poucos dias, a tendência é de que oferta aumente, já que no Paraná há menos de 10% do feijão colhido e os trabalhos de campo continuam.
No caso do feijão rajado, também no estado paranaense, os preços pagos ao produtor, estão ao redor dos R$ 130,00 a R$ 135,00 a saca, considerado por Lüders um bom preço. “O produtor que plantou o feijão rajado, deve imediatamente começar a vender, há uma demanda muito boa, seja para região norte do país que tem o consumo bastante forte desses feijões, seja para o sudeste”, indica.
A estratégia de diversificar, portanto, pode ser uma solução de equilíbrio para o mercado, e para que o produtor aproveite bem o momento de comercialização, segundo explica Marcelo Lüders. Para ele, “produtores do país inteiro criaram grupos no WhatsApp, para esclarecimento na diversificação de grãos, na medida em que perceberam que teremos um horizonte - que não será dos melhores - para o feijão carioca no médio prazo, dentro de uma normalidade de produção e de clima. Com as áreas de feijão irrigado, teremos preços médios, mais baixos do que o histórico”, alerta. "E essa troca de informações vai em um movimento crescente", completa.
Exportações
Sobre as exportações no Brasil, Lüders afirma que o país ainda conta com um potencial de participação no mercado mundial bastante grande, principalmente para culturas alternativas, como os chamados "feijões de corda", por exemplo. E assim, o produto brasileiro estaria bastante preparado para entrar em novos mercados e competindo bem com alguns players importantes, como a China.
“No nosso país temos uma área bastante interessante, alguns ciclos duram, como por exemplo, para o feijão mung, cerca de cinquenta e cinco dias, agilizando o processo de exportação”, explica Lüders.
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