Nova disrupção logística na China faz exportações de carne do BR terem que desviar de Xangai
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Entrevista com Luis Rua - Diretor de Mercados da ABPA sobre os Suínos
Decretado no final e março e prorrogado ainda no começo deste mês de abril, o lockdown em Xangai, na China, causado pelo aumento nos casos de Covid-19 têm impactado a logística mundial, e segundo o diretor de mercado da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Luís Rua, o Brasil não fica de fora desta disrupção.
Ele pontua que, especificamente sobre as exportações de carnes de aves e suína, sendo a China o principal parceiro comercial do Brasil, as cargas estão sendo desviadas do porto de Xangai, principal destino de exportações mundiais, e sendo encaminahdas para portos alternativos, o de Yantian, principalmente.
Entretanto, Rua explica que tanto a ABPA quanto os associados monitoram diariamente as cidades chinesas que possuem portos adequados para receber as cargas. Isso porque o gigante asiático adotou uma política de tolerância zero para a Covid-19, e o porto que está aberto hoje pode ser fechado temporariamente no dia seguinte caso haja o decreto de um lockdown.
"Isso acaba gerando um aumento no custo do transporte das cargas, já que, além de percorrer um trajeto diferente para chegar em outros portos, há a questão da rigidez no controle sanitário na chegada ao local. Exames são feitos para detectar traços da coença nas cargas, e isso afz com que elas fiquem um pouco mais tempo paradas nos portos, o que também eleva os custos", disse.
De maneira geral, conforme ele afirma, o frete marítimo global aumentou entre 4 a 5 vezes o valor normal, movimento suportado pela escassez de contêineres e de linhas de transporte.
"Apesar desta nova disrupção na cadeia logística mundial, não é aprimeira vez que isso ocorre durante a pandemia. Então o mercado já está, em termos,a costumado com isso. Não houve quebras de contrato ou cancelamento de compras até agora porque os importadores compreendem a questão", disse Rua.
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