Redução da oferta com diminuição de peso e descarte de matrizes gera movimento de alta na suinocultura mineira

A suinocultura independente mineira, assim como nas demais principais praças comercializadoras de animais nesta modalidade, passa por um movimento de recuperação de preços nesta segunda quinzena de fevereiro. De acordo com o consultor de mercado da Associaçãod e Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), Alvimar Jalles, houve uma redução de oferta, realizada por meio da diminuição do peso dos animais e do descarte de matrizes. 

"Em dezembro do ano apssado, houve boas vendas, mas os preços ficaram abaixo do esperado devido ao excesso de oferta. Em janeiro, esta oferta maior prosseguiu e, ao mesmo tempo, os custos de produção explodiram, o que fez com que os suinocultores começassem a reduzir a oferta. O mercado percebendo isso na metade do mÊs de fevereiro saiu da inércia e começou a melhorar os preços pagos", explica.

Entertanto, segundo ele, mesmo com avanços positivos nos preços do animal vivo, os suinocultores ainda têm um prejuízo médio de R$ 150,00 por animal vendido devido aos custos de produção em alta, puxados pelos preços do farelo de soja e do milho que compõem as rações. 

"Nenhuma atividade sobrevive no prejuízo, e enquanto houver margens negativas, vamos continuar ouvindo falar em redução de oferta até que se encontre um equilíbrio para a situação. Não vemos uma crise tão aguda no setor como esta desde o início do Plano Real", afirma. 

Para o mês de março, Jalles pontua que será preciso observar o comportamento dos mercados interno e externo para ter noção de como ficarão os preços, verificando a relação entre oferta, demanda e custos de produção no Brasil e o comportamento comprador da China após o feriadão do Ano Novo Lunar em feveriero.