Setor de rações no Brasil cresceu 5,2% no 1º semestre, "além das expectativas", diz Sindirações
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Entrevista com Ariovaldo Zani - CEO do Sindirações sobre o Mercado de Rações
O setor de alimentação animal registrou crescimento de 5,2% neste primeiro semestre de 2021, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações). A produção total de rações, desde o setor pet até agropecuário, foi estimada de 39 milhões de toneladas, e o aumento de 5,2% mantém o mesmo ritmo de avanço observado no mesmo período de 2020, segundo o CEO da entidade, Ariovaldo Zani.
Ele explica que essa taxa de crescimento foi ´"além das expectativas", já que o Sindicato esperava que o início de 2021 trouxesse um cenário de menor demanda, mais combalida pelas consequências econômicas trazidas pela continuidade da pandemia da Covid-19.
Apesar do avanço, Zani pontua como desafios encarados neste primeiro semestre os fatores climáticos extremos (estiagem e geadas), a alta do Dólar no ambiente doméstico e o alto preço do milho e da soja.
Um dos destaques pontuados por Zani foi a demanda pela ração para suinocultura, que mostrou ritmo aquecido nas exportações na primeira metade do ano, e também para avicultura de corte, com bom desempenho no mercado externo e interno.
O aumento nos preços do milho e do farelo de soja, de acordo com Zani, fizeram com que o preço médio da ração para suínos e aves aumentasse entre 70% a 75% entre junho de 2020 a junho de 2021. "Esse aumento, quando a gente passa a olhar para a dificuldade de repasse dos custos de produção para a ponta consumidora, pode prejudicar a demanda por rações, que foi o que aconteceu, por exemplo, no caso do leite", explicou.
A tendência para este segundo semestre, segundo Zani, é de que haja uma redução no ritmo de demanda, mas ainda assim, 2021 deve ter um crescimento estimado de 4% na produção de rações.
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