Produção de rações pode não cair tanto em volume, mas formulação deve mudar para reduzir custos de produção e adiar engorda

Publicado em 22/05/2020 10:31 e atualizado em 22/05/2020 11:24
Mark Lyons - CEO da Alltech
Presidente da Alltech explica que já existe demanda por produtos que tenham potencial nutritivo para que os animais ganhem peso mais lentamente e com custo menor; nutricionistas terão que trabalhar em alternativas

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Entrevista com Mark Lyons - CEO da Alltech sobre as Perspectivas para o Mercado de Rações

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As consequências contínuas da Peste Suína Africana, que já fez cair a produção de rações em nível global no ano passado, somada à pandemia do coronavírus, deve trazer mudanças no mercado de rações. De acordo com o CEO e presidente da Alltech, Mark Lyons, empresa de nutrição animal, a principal mudança não será no volume produzido, mas sim no tipo de produto, que deverá ter um custo de produção menor e que promova a engorda mais lenta dos animais. 

Ele explica que a demanda por rações segue dinâmica, apresentando diferenças entre países mais afetados ou menos afetados pelas atuais circunstâncias. 

"Há incerteza sobre o quanto isso pode durar, se será dois meses ou um prazo mais alongado. Ainda é muito cedo para afirmar algo sobre queda de volume", disse.

Entretanto, de acordo com Lyons, o primeiro semestre, em se tratando de produção mundial, pode haver uma redução entre 2% a 3%, com início de recuperação no segundo semestre de 2020. 

No Brasil, de acordo com ele, a demanda não deve ser alterada em matéria de volume, mas sim no tipo de produto. "Vimos clientes que pedem por ração que melhora a eficiência, aumentando o peso do animal lentamente e reduzindo os custos de produção". 

Outro ponto citado por Lyons no cenário brasileiro são os preços altos de soja e milho, componentes da alimentação animal. Ele explica que isso pode mudar o "novo normal", com alteração na formulação dos produtos. "Vai dar mais trabalho aos nutricionistas, pensando em alternativas com potencial nutritivo e menor custo".

 

 

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Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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