Queda prevista no consumo dos frangos dará empate na produção de rações em 2018; relação de troca melhorou um pouco desde junho
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Entrevista com Ariovaldo Zani - Vice-Presidente da Sindirações sobre a Previsão do consumo de rações em 2018
DownloadAo final deste ano, o setor de alimentação animal projeta um leve recuo de 0,2% na produção anual de rações em função dos impactos da grave dos caminhoneiros, o embargo europeu e os custos com a de produção do milho e farelo.
Segundo o vice-presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), Ariovaldo Zani, o primeiro trimestre deste ano ficou comprometido pela a alta do custo da alimentação animal. “Além disso, a paralisação dos caminhoneiros e alguns embargos aos nossos produtos acabaram culminando em um retrocesso de 1,5%, sendo que avicultura de corte sofreu um pouco mais”, afirma.
A demanda de ração para a bovinocultura de leite teve um recuo aproximado em 6% e avicultura de corte teve uma queda de 3,3%. No entanto, a liderança ressalta que tem uma tendência no aumento no alojamento desde o ano passado. “Com todo o cenário econômico, os consumidores passaram a comprar a proteína mais barata que é o ovo, sendo que isso incentivou o investimento em poedeiras e resultou em excesso de oferta”, pontua.
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No caso da suinocultura, a demanda por alimentação animal se manteve estável somando 7,7 milhões de toneladas mesmo com o retrocesso nas exportações. “Esse setor apanhou muito nos preços pago ao produtor e muita gente trabalhou no vermelho tendo que fazer o abate do animal no prejuízo”, comenta.
O milho e o farelo de soja representam 90% da nutrição de aves e suínos e mais de 70% nos custos de produção. “Em junho do ano passado, eu precisava de 350 g de frango vivo para pagar 1 kg da ração que o animal comia. Em abril desde ano, a relação era de 510 g de frango para pagar 1 kg da ração”, explica.
Ainda de acordo com a liderança, o cereal custava R$ 27,00 a saca em agosto de 2017 e em março deste ano estava próximo de R$ 45,00. Já o Farelo de soja, em setembro do ano passado custava R$ 955,00 e em maio deste ano estava em torno de R$ 1.440,00 por tonelada.
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