Importações e crise econômica derrubam mais de 4 mi/l da produção de leite do RS e 20 mil famílias já deixaram o negócio

Publicado em 04/05/2018 11:45
Liane Brackmann - Presidente do Sindicato dos Trab. Rurais de Teutônia e Westfália
Desde 2006 importações do Uruguais avançam. As fraudes detectadas em 2015 também fecharam laticínios, com impacto entre os produtores, e desde então o estado caiu para 3º lugar entre as maiores bacias leiteiras do BR. Vale do Taquarí foi uma das regiões mais afetadas e só entre em Teutônia 165 produtores familiares saíram do leite.

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Famílias deixam a produção de leite, com Liane Brackmann - Presidente do Sindicato dos Trab. Rurais de Teutônia e Westfália

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No estado do Rio Grande do Sul, os agricultores familiares optaram por não produzir mais leite em função das importações do Uruguai e da crise econômica no Brasil que afetou o consumo. Com isso, mais de quatro milhões de litros deixam de ser produzidas.  

Segundo o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores rurais de Teutônia e Westfália, Liane Brackmann, a região do Vale do Taquarí é responsável por produzir cerca de um milhão de litros diariamente. “Nós diminuímos a produção com o número de produtores que deixam o setor em função das fraudes que foram descobertas em 2015. Porém, o leite do nosso estado é o mais fiscalizado”, afirma.

Apesar dos acordos que existem no  mercosul, a liderança saliente que é preciso rever as realidades de cada país. “A gente sabe que o mercado é livre, mas nós tivemos uma importação de leite liberada pelo o Ministério da Agricultura no segundo semestre de 2016 e nós dizíamos que isso iria gerar graves problemas aos produtores locais”, comenta.

Contudo, aproximadamente 20 mil agricultores familiares deixaram o setor em todo o estado, sendo que no município de Teutônia foram 165 produtores. Atualmente, a referência do leite ao produtor referente ao mês de abril nas cooperativas está em torno de R$ 01,05 por litro.

“Esse valor é inviável, pois não cobre os custos de produção e não deixam margens de lucros. Ainda mais com aumento da soja e do milho nos últimos meses”, finaliza.

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Por:
Giovanni Lorenzon e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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