Preços ao produtor de leite recuam pelo terceiro mês consecutivo e tendência é de novas baixas para o próximo pagamento

Publicado em 05/12/2016 17:03
Confira a entrevista de Wagner Yanaguizawa - Analista do CEPEA
Preços ao produtor de leite recuam pelo terceiro mês consecutivo e tendência é de novas baixas para o próximo pagamento

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Preços ao produtor de leite recuam pelo terceiro mês consecutivo e tendência é de novas baixas para o próximo pagamento

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O relatório mensal do Cepea para o mercado do leite aponta para mais um mês de queda nos preços pagos do produtor, apesar de uma redução no volume captado, impulsionado principalmente pelos estados do Sul do país.

Wagner Yanaguizawa, pesquisador do Cepea, explica que este é um período no qual a disponibilidade de forragens para esses estados diminui. Por outro lado, o Cepea também identificou que o investimento na reforma das pastagens foi menor - devido a um desestímulo à atividade, com os produtores em um cenário no qual as receitas caem, com custos de produção em patamares elevados.

Este fator, segundo o pesquisador, acabou refletindo na estabilidade do índice de captação nacional. No acumulado do ano, o índice é negativo, de -3,4%, devendo fechar 2016 também negativo no acumulado.

Mesmo com queda da captação, o preço pago ao produtor sofre pressão da demanda, que continua fraca. O estado de Goiás registrou a maior queda de preço, de 15% em relação ao mês anterior, fechando em R$1,1715 o litro. A média brasileira é de R$1,3413 bruta e R$1,2331 líquida, uma queda de 11% em relação ao mês anterior.

Como os preços de 2015 foram mais baixos do que os atuais, no acumulado do ano os preços pagos ao produtor continuam positivos, em 29%.

No final do ano, a demanda ganha mais um agravante: a queda por conta das férias escolares, principalmente de leite em pó. Mas o grande diferencial deste relatório do Cepea é que 6% dos colaboradores esperam uma estabilidade dos preços no próximo mês, enquanto 94% acreditam em mais uma baixa.

No entanto, uma parte dos colaboradores também acredita que, ao longo dos próximos meses, o ritmo de queda irá diminuir, de modo com que não chegue aos mesmos patamares do ano anterior. O ritmo de queda nas gôndolas também diminui, o que pode estabilizar este cenário.

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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