Preços do frango iniciam um movimento de reação , após ajustes na oferta devido aos altos custos de produção
Os preços do frango vivo começaram a exibir recuperação após dois meses com tendência de queda. Segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a redução de alojamento nas granjas foi o principal fator de sustentação do mercado.
As integradoras vêm trabalhando com margens apertadas em virtude da dificuldade em repassar as altas no custo de produção para o produto final. Assim, o analista do Cepea, Augusto Maia, explica que a saída encontrada pela cadeia foi retrair a produção enxugando os estoques.
E mesmo com a disparidade de preço entre a carne de frango e as demais proteínas o consumo não exibia grandes avanços. "Para muitos abatedouros, mesmo que a disponibilidade de matéria prima fosse grande à preços inferiores, ainda não compensava comprar o animal e abater", destaca Maia.
Após o ajuste na produção os preços do animal vivo e pinto de um dia voltaram a subir, embora "ainda convivamos com o problema do custo", lembra o analista considerando que os preços do milho e farelo de soja devem continuar elevados até o final deste ano.
"A saída neste momento é tentar reduzir o custo de produção, porque não há como esperar muito do consumo interno, mas ao mesmo tempo a perspectiva de baixa disponibilidade interna do milho deve continuar elevando os preços", pondera Maia.
Em São Paulo a referência para o frango vivo está em R$ 2,50/kg - alta de R$ 0,10 em relação ao preço praticado na semana anterior e, o pinto de um dia vendido a R$ 1,95 na média do estado, de acordo com levantamento do Centro.
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