Suínos e frangos têm mercado pressionado e preços mais baixos com demanda fraca; tendência é de recuperação no meio do ano
Publicado em 28/04/2015 10:23
Granjeiros: Preços de suínos e aves estão pressionados no Brasil com demanda desaquecida nesse momento e oferta estável. Período é, tradicionalmente, de cotações mais baixas. Instabilidade econômica no país tem sido, segundo analista, um dos motivos para esse consumo mais contido. Porém, tendência é de recuperação para ambos os mercados, a qual pode chegar já no meio do ano.
Um levantamento divulgado pelo Cepea (Centro de Estudos Avanços em Economia Aplicada) apontou que os preços do frango e suíno vivo, bem como a carne suína seguem em queda no mercado brasileiro, pressionados pela baixa demanda interna e externa.
No segmento de frango vivo a queda no preço é consequência da demanda enfraquecida por carnes e da maior oferta de animais. Contudo, os avicultores encontram certo alívio por conta do recuo nas cotações dos principais insumos para a composição da ração, como o milho e o farelo de soja.
Já no setor de suínos, a demanda enfraquecida da carne nas principais regiões consumidoras, reduziu o interesse por novos animais, pressionando as cotações.
Augusto Maia, analista de mercado do Cepea, explica que neste período do ano é comum as cotações sofrerem quedas, porém no caso dos suínos, essa redução foi a menor registrada durante todo o ano.
Além disso, "as exportações, que no ano passado foram muito boas, neste ano estamos com um ritmo de embarque menor, em torno de 15% a 17% menor", haja vista que os principais concorrentes do Brasil neste setor estão reestabelecendo seu plantel, depois do surto com a diarreia porcina em 2014, explica Maia.
"As exportações começam a reagir a partir do mês 4 e 5 - depois de um primeiro trimestre tradicionalmente fraco - e indo em acréscimo até novembro e dezembro, então esse fator externo pode voltar a dar firmeza no mercado", afirma o analista.
Outro fator baixista para o setor de frangos e suínos é a crise econômica que o Brasil está enfrentando, com isso o poder de compra da população em adquirir proteínas animais esta restrita. Para Maia, esse cenário é mais prejudicial aos granjeiros "porque o ciclo de produção é muito rápido, então não temos problemas de oferta, os principais problemas que impactam no mercado são de demanda", considera.
Porém, o analista afirma que a expectativa do mercado no médio prazo é de melhora, já que esse tipo de proteína é mais consumido no outono e inverno. Além disso, as consecutivas altas no preço da carne bovina podem favorecer a substituição da proteína pelo frango e suíno.
"A orientação para os produtores agora é não deixar os animais fora do padrão de comercialização, porque além do problema de demanda, não podemos deixam a oferta também piorar", aconselha Maia.
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Por:
Carla Mendes e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas
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