Quebra na safra paranaense de feijão deve evitar uma queda mais significativa nos preços neste início de colheita
Marcelo Eduardo Lüders, presidente do IBRAFE, conversou com o Notícias Agrícolas nesta sexta-feira (04) antes de embarcar para o Sri Lanka, onde irá participar de um congresso mundial de feijão que ocorre anualmente, no qual será responsável por um painel que irá abordar variedades de feijão do Brasil como o carioca, o rajado e o vermelho, bem como a evolução destes mercados no país.
Ele destaca que, durante esse fórum, os outros países presentes trazem os relatórios de suas regiões, fazendo possível, assim, formar um quadro do abastecimento no restante do ano e ter uma indicação do que seria melhor para o plantio nas próximas safras.
No Brasil, o mercado do carioca operou entre R$100 a R$120 para o feijão nota 7 em Minas Gerais, enquanto os de melhor qualidade no Paraná estão sendo negociados até R$150. Mas, na média dos preços, a mercadoria nota 9 ou melhor está na base de R$140 a saca.
Em algumas regiões, a quebra na safra pode chegar até 50%, mas isso não significaria uma explosão para os preços. Espera-se, no entanto, que a média de preços entre R$120 a R$150 se mantenha - uma queda significativa viria se a safra fosse cheia. A partir dos dias 15 a 20 de maio, a nova safra começa a ter um volume maior de entrada, mas muitos produtores devem aguardar para vender devido a um caixa mais tranquilo por conta da soja.
A colheita de feijão preto também está começando, mas o andamento do mercado depende muito da situação da Argentina - que tem uma quebra consolidada, mas ainda não quantificada.
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