Produtores de feijão de SP, MG e GO se unem para melhorar preços do carioca
Marcelo Eduardo Lüders, presidente do IBRAFE, conta que o mercado do feijão carioca esteve mais calmo durante a semana, com os compradores esperando pra ver qual é o limite da queda.
O mercado trabalhou entre R$120 a R$130 no noroeste de Minas - assim, apenas os produtores que possuiam necessidade de caixa venderam. Em Goiás, ficou entre R$115 a R$120. No interior de São Paulo, R$110 e R$110 a R$115 no Mato Grosso.
O estado de São Paulo tem um condicionamento no mercado baseado no Brás. Há um volume relativamente pequeno agora que atende somente o mercado interno. Já que os empacotadores teriam que buscar feijão em outro estado, não há uma lógica que justifique os preços do feijão mais baratos no estado, como aponta Lüders.
Os custos de produção estão ao redor de R$120 no estado. Com isso, os produtores tem de raciocinar se realmente é o Brás que deve continuar ditando o preço, como vê o presidente. Para ele, os produtores precisam estar em contato com outros produtores e estarem de olho nas informações da Página no Feijão.
A ideia é que o Preço Nacional do Feijão (PNF), divulgado no Notícias Agrícolas, que vem sendo construído há mais de um ano com base nas informações dos próprios produtores, ajude a nortear melhor o mercado quanto às informações de venda e manter os produtores animados com a produção.
Há boatos no mercado de que a lavoura no Nordeste pode alcançar 6 milhões de sacas. Entretanto, os produtores precisam ficar atentos à ocorrência de chuvas na região. "Neste momento, não tem sentido de ficar aceitando qualquer preço no feijão", diz Lüders.
No feijão preto, houve um problema com a safra. Esse feijão está sendo escoado e, agora, o Brasil passa a depender do feijão argentino. Os preços giram em torno de R$150 a R$165 a saca.
Já para o feijão caupi, houveram algumas dificuldades, mas a maior parte das exportações foram atendidas, dependendo apenas do mercado interno, com preços de R$70 a R$75.
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