IAC 130 anos: Lançada duas cultivares de feijão resistentes as principais doenças do grão
Continuando a série especial dos 130 anos do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), o Notícias Agrícolas destaca hoje as pesquisas que estão sendo feitas em torno do feijão no Instituto.
Alisson Fernando Chiorato, pesquisador do IAC, conta que foram desenvolvidas duas variedades de feijão, a IAC Nuance e a IAC Tigre, que são duas variedades do tipo rajado e se diferenciam do feijão carioca, com objetivo de realizar um trabalho para internalizar nacionalmente esse feijão e ensinar os brasileiros a comer outros tipos de feijão.
As características de caldo e paladar não são tão divergentes do carioca, como aponta Chiorato. Para o agricultor, as variedades podem facilitar a exportação desse produto, já que é um tipo de feijão conhecido em outros países.
Houve um trabalho para adaptar a condição de cultivo, trabalhando a qualidade da vagem e também a resistência às doenças como antracnose e o Fusarium oxysporum. A antracnose ainda conta com fungicidas apropriados, mas, no caso do Fusarium, é uma doença muito agressiva e os pivôs já estão muito contaminados com esse fungo.
As cultivares possuem um alto potencial produtivo, que permitem uma colheita de mais de 50 sacas por hectare. Entretanto, este fator depende do manejo realizado.
O pesquisador também alerta que evita chamar as novas opções de consumo de "feijão gourmet" e acredita que estes produtos devem ter os mesmos preços e competitividade do feijão carioca.
A IAC Nuance é uma variedade precoce, com ciclo de 75 dias. Já a IAC Tigre possui o ciclo normal das cultivares cariocas que já estão no mercado.
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