Produtores de feijao no interior de São Paulo evitam vendas na expectativa de preços melhores para inicio de dezembro
Neste momento, o mercado do feijão em São Paulo trabalha abaixo dos 200 reais a saca, com compradores, de um lado, aguardando estabilização dos preços e produtores, de outro, segurando para não deixar o preço cair.
De acordo com Marcelo Lüders, analista da Correpar, a expectativa de quem está no mercado é "medir até onde o mercado vem". Do lado da compra, os compradores não querem ter surpresa com os preços e precisam de patamares estabelecidos para continuar comprando. A ordem dos empacotadores, neste momento, também é de esperar um pouco e comprar apenas o necessário.
Os produtores do estado já passaram de mais de 50% da área colhida, ou seja, mais de 1 milhão de sacas já foram colhidas, de acordo com a estimativa de produção. Segundo Lüders, de 90% a 95% desse volume colhido já foi comercializado.
Ele lembra também que o meio do mês é um "período mais tranquilo", principalmente quando há uma indefinição, retarda a compra do consumidor. "Já estamos entrando na terceira semana do mês, em breve terá um maior movimento de compras, quando deve existir uma demanda maior", diz.
O analista aconselha os produtores a tomarem consciência do que está acontecendo no mercado e buscar, em conversa com outros produtores, maneiras de firmar o preço nos R$180. Neste cenário, o comprador também deve entrar no mercado com mais facilidade, confiante dos preços.
Em São Paulo, o feijão nota 9 está sendo comercializado a R$180, enquanto os feijões que perderam qualidade na colheita, a R$170. Lüders destaca que, neste momento, não há um grande volume de venda, mas que ela está acontecendo no interior do estado.
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