Em Três Passos (RS), caminhoneiros liberam as rodovias e ainda esperam resultado da reunião em Brasília
Os caminhoneiros liberaram as rodovias na região de Três Passos (RS) na manhã desta quarta-feira (4). Por enquanto, não há uma solução ao impasse com os manifestantes, que ainda aguardam o resultado da reunião com os representantes do Governo. Depois de duas semanas de protesto, um dos setores mais afetado foi a cadeia produtiva do leite, assim como, o de proteína animal.
O engenheiro agrônomo da localidade, Diego Henrique Uroda, também destaca para a produção agrícola, em alguns lugares faltou os produtos para fazer o controle da ferrugem asiática nas lavouras de soja. “Na última segunda-feira, tivemos que andar mais de 100 km para conseguir encontrar os produtos”, ressalta.
No estado gaúcho, muitas lavouras apresentam o foco da doença, uma vez que o clima está bastante úmido e as chuvas têm aparecido com regularidade. Na região, boa parte das plantações está em fase de enchimento de grãos, com expectativa favorável em relação à produtividade, que deverá atingir entre 45 sacas até 50 sacas de soja por hectare.
“Em algumas lavouras de variedade precoce, a colheita já começou com rendimento de até 65 sacas de soja por hectare. No milho, a produção também foi surpreendente, com produtividade entre 160 sacas a 170 sacas de milho por hectare. As lavouras de milho safrinha também apresentam boas condições, assim como, o milho para a silagem”, afirma Uroda.
Preços
Em Três Passos, a saca da soja é cotada a R$ 58,50, valor abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, quando as cotações estavam entre R$ 65,00 a R$ 67,00, conforme sinaliza o engenheiro. “Mas temos que considerar que é uma cultura de altos custos, principalmente com insumos. Já no milho, os valores estáveis, ao redor de R$ 22,00 a saca”, explica.
Trigo
Após os prejuízos observados no ano anterior, com o excesso de chuvas, os produtores estão receosos esse ano. “O pessoal não quer fazer investimentos elevados. E os prejuízos do ano passado, também se refletiram na safra de verão, com a perda de capital. Acreditamos em uma redução na área destinada ao trigo na safra de inverno”, finaliza o engenheiro.
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