Entre os fatores que impedem o avanço das cotações no mercado interno estão o início da colheita da safra de verão e os elevados estoques

A alta demanda faz preços reagirem bem no mercado do milho, mas o início da colheita da safra de verão e os estoques cheios pressionam os preços para baixo e impedem uma retomada definitiva de alta nas cotações. “Na safra passada fechamos com 15 milhões de toneladas e hoje pra safra 2014/2015 a previsão é de 18 milhões de toneladas. O fator de compensação, especialmente a médio e longo prazo, é a incerteza climática e a redução de área e produção na safrinha”, disse Rafael Ribeiro da SCOT Consultoria. Outro ponto que não tem deixado os preços caírem é a alta nas exportações, que alcançou 3 milhões de toneladas, quase 9% a mais do que o mesmo período do ano passado.

A previsão para a safrinha, tendo em vista o atraso pra plantação de soja no centro-oeste, é de menores investimentos, consequentemente menor área plantada e queda na produção. Sem contar a estiagem que mantém certa incerteza para o mercado e produtores.

Para Rafael Ribeiro, o produtor deve aguardar para comercializar seus grãos. “A expectativa a curto prazo é de uma pressão de baixa maior, então quem tiver condições de armazenar o milho é melhor, porque acredito que mais para o final do semestre as vendas aconteçam com maiores preços”.