Café: Em Vargem Alta (ES), ausência de chuvas de mais de 30 dias afeta desenvolvimento dos chumbinhos
Na região de Vargem Alta (ES), as chuvas não aparecem há mais de 30 dias e as temperaturas estão elevadas. O cenário tem preocupado os produtores rurais e também afeta o desenvolvimento dos chumbinhos que, nesse momento, necessitam de água para a granação. Diante desse quadro, a expectativa é de mais um ano perda na produção.
Segundo o produtor rural do município, Amarildo José Sartori, a situação também ocorre no Norte e Sul do estado, locais onde é produzido o café robusta. “As perdas já são consolidadas, na qualidade e quantidade da nossa produção. A Secretaria de Agricultura do Estado acredita em uma quebra entre 20% a 32% da safra 2015”, destaca.
Em decorrência da estiagem em 2014, a expectativa já era de uma redução na safra, uma vez que muitos produtores fizeram o esqueletamento dos cafezais para a recuperação da planta. E, consequentemente, a repetição do cenário climático impedirá que as plantas se recuperem.
“Essa será mais uma frustração de safra e não sabemos de onde os órgãos oficiais tiram esses números. Temos uma diminuição drástica no parque cafeeiro, em decorrência do clima no anterior, e essa nova estiagem impede o processo de recuperação da planta. O cenário é desanimador, precisamos de chuvas para recuperar e manter vivo o pé de café que temos hoje”, destaca Sartori.
Além disso, com esse quadro, os produtores rurais não conseguiram fazer os tratos culturais necessários nas plantas. Com isso, há preocupação com a ferrugem e também o bicho mineiro nos cafezais. Frente a esse cenário, a estimativa é que 20154 seja mais um ano em que os produtores deixem a atividade.
“O que vemos é uma situação desanimadora para qualquer tipo de cultura. Alguns produtores que saíram da atividade e investiram em soja e milho, enfrentam o mesmo problema”, sinaliza o produtor rural do município.
Preços
Na localidade, o café arábica de melhor qualidade é cotado a R$ 430,00 a saca, já o bebida rio, a maior parte colhida, a R$ 265,00 a saca. “Isso inviabiliza a produção e a nossa manutenção das lavouras. Mas também temos que considerar os altos custos de produção, a nossa região é montanhosa e temos mão-de-obra escassa e cara”, diz o produtor.
0 comentário
Terceira geração de família de agricultores deixa raízes no RS e parte para abrir terras em Juína, no Mato Grosso
Campeão do “Melhor História de um Agricultor” quis que sua história fosse exemplo para outras pessoas
Finalista do “Melhor História de um Agricultor” destaca honra e responsabilidade de contar história da família
Em Laguna Carapã/MS, lavouras de milho safrinha já devem registrar perda de produtividade depois de 15 dias de seca
Chuvas irregulares já interferem no potencial produtivo da safra de soja no RS mas produção ainda pode ser recorde no estado
Confira a entrevista com Eduardo Vanin - Analista de Mercado