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Molion alerta para períodos de veranicos no primeiro trimestre de 2022, em especial nos meses de janeiro e março

Publicado em 21/12/2021 12:12 e atualizado em 27/12/2021 09:30
Luiz Carlos Molion
No entanto, produtor que conseguir reter a umidade no solo através de técnicas de captação de água pode ter melhores resultados

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Entrevista com Luiz Carlos Molion - Climatologista

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O meteorologista Luiz Carlos Molion alerta que podem ocorrer veranicos durante o primeiro trimestre de 2022, em praticamente todo o Brasil. Por esse motivo, os produtores devem aproveitar os períodos chuvosos com técnicas de captação de água, fazendo com o que solo retenha a maior quantidade de umidade possível, para que assim a planta consiga suportar os períodos de estiagem.

Para a previsão estendida, Molion usa um modelo de comparação com anos similares, já que classifica os modelos meteorológicos habituais como imprecisos, pois a atmosfera terrestre é muito caótica. Assim, este último trimestre de 2021 tem como referência o último trimestre de 2006, e os três primeiros meses de 2022 são comparados com os três primeiros meses de 2007.

Nesse modelo, assim como em 2006, o ano de 2021 apresentou chuvas abaixo da média no Sul do Brasil e parte do Sudeste, enquanto que o Centro-oeste e a costa leste do país tiveram volumes maiores que a média histórica. Molion ressalta que agora em diante, nos próximos 10 a 15 anos, os veranicos serão mais comuns no território brasileiro durante o mês de dezembro.

Em relação ao primeiro trimestre de 2022, de janeiro a março, assim como ocorreu em 2007, Molion afirma que as chuvas estarão abaixo da média na costa leste do Sul e Sudeste e partes do Centro-oeste. Já no Rio Grande do Sul, Santa Catariana, sul do Centro-oeste e na costa leste do Nordeste, haverá bons volumes de chuva.

A maior preocupação em relação à seca, de acordo com o meteorologista, é na região do Matopiba, onde a redução de chuva pode chegar a até 50% a partir de janeiro. No restante do país, janeiro e fevereiro devem apresentar volumes razoáveis de chuva, porém em março, as reduções devem ser mais significativas.

“Março será um mês relativamente seco, algumas regiões podem sofrer reduções de 60% a 80% da média. Se a pessoa já tiver plantado [antes de março], isso pode ajudar na colheita, facilitando a entrada das máquinas, desde que tenha armazenado a água das chuvas que caírem em fevereiro”, afirmou Molion.

 

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Por:
Aleksander Horta e Igor Batista
Fonte:
Notícias Agrícolas

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2 comentários

  • Edgar Stm

    Na verdade ele tem até acertado bem, mas clima envolve muita coisa, no Pará em 20 anos pode-se dizer que são vinte anos diferentes. Também existem os micro climas, quando ele fala em leste do sul, tem uma distancia grande entre o litoral norte do Paraná até o norte do Uruguai, o que podem haver entre estes perímetros diferentes pluviosidades tanto acima quanto abaixo da média

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  • leandro carlos amaral Itambé - PR

    Esse Molion, Alexandre Garcia, Arnaldo Jabor, Miguel Daud, Benedito Rosa, etc.... não tão acertando uma, tá certo que o nome é previsão...esse povo pode parar e começar a curtir os netos, como diz o ditado um veio vira criança novamente....

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. LEANDRO ... Todos que você citou, são simples "mortais", como nós ... Então, estão "tentando" desempenhar seu papel ... MAS, NÃO SÃO INFALÍVEIS !!! ... Não devemos, responsabilizá-los por eventos naturais... Eles, simplesmente, dentro de seus conhecimentos & informações, muito mais completas do que temos acessos ... TENTAM ... ÉTICAMENTE ... Alertar os menos INFORMADOS ... Agora, não existe uma CERTEZA ... POIS ELES NÃO SÃO ... OS DONOS DA NATUREZA !!!

      Só interpretam os dados coletados por outras entidades ...

      TAMBÉM NÃO SÃO ORÁCULOS !!!

      ME PERDOE ... SE INCLUI MUITOS "CONCEITOS" !!!

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      A mim me parece que Molion advertiu a gente sobre a NINA bem lá atrás----Acredito que não tenha sido mais enfático para não gerar pânico----Na verdade nos adoramos as pessoas que falam o que nós queremos----Mas pegando o gancho do sr Leandro tomara que o Molion esteja errado mais uma vez e apareça chuva além do normal

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    • Mauro Costa Beber Condor - RS

      A todos os que lerem este meu comentário quero deixar minha contribuição. Já comentei anteriormente na última entrevista do Dr. Molion a minha opinião. Estudo muito o clima por similaridade a 5 anos, com dados dos últimos 32 anos. Os anos similares do passado em novembro e dezembro são 2011 e 2017. O mais parecido foi 2011 aqui na nossa região, pois os oceanos estão muito parecidos com 2011. Então do meu ponto de vista olhem como foi novembro e dezembro de 2011 na sua região. Para os meses de janeiro e fevereiro pode ser que tenha pequena mudança nos anos de similaridade, isso pode acontecer mas é pouco provável. Também podem os oceanos estarem parecidos com anos do passado, mas as precipitações ocorrem com diferenças, pois o clima não é tem uma precisão matemática. Em novembro e dezembro de 2006 aqui a precipitação acumulada dos dois meses foi de 603 mm, enquanto 2021 foi de 95 mm até ontem em 2 meses. Em 2006 ocorreu um El Niño, com anomalia positiva de temperatura no Atlântico sul, por isso choveu bastante nos dois meses, neste ano estamos com um La Niña, com anomalia negativa de temperatura no Atlântico sul, por isso choveu tão pouco no sul do Brasil, enquanto choveu acima da média no norte do Brasil. Para o ano que vem podem entrar outros anos nesta comparação por similaridade, pois as temperaturas dos oceanos vão se alterando. Espero contribuir com a minha opinião sobre este ano complicado onde o clima está preocupando a todos. Mais informações em https://agropecuariabrasitalia.com.br/2021/12/01/dezembro-2021/. Fazem 5 anos que estudo o clima e publico em um blog o resultado dos meus estudos mensalmente, se quiserem olhar tem os mapas de anomalias de temperatura dos oceanos de 2011 e 2021 e muitas outras informações. Nada contra a interpretação do Dr. Molion, apenas coloco a minha humilde interpretação. Abraço a todos.

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    • Éderson kappes Uruçuí - PI

      Percebo que a influência do oceano atlântico tem um grau de importância muito grande grande no regime de chuvas no Brasil, principalmente no nordeste. Quando o atlântico aquecido na costa da região nordeste a precipitação pluvial, ou chuvas, na região do matopiba são abundantes, como podemos ver nesse periodo, associado à um resfriamento do oceano pacifico, acaba havendo chuvas em excesso.

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    • Luis Rodrigo Ribas Lapa - PR

      Não são PREVISÕES, são PROGNOSTICOS, é diferente.

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      MAURO COSTA BEBER,,,,me parece ter entendido que a distribuiçao das chuvas na America do Sul, dependem das temperaturas dos oceanos Pacifico e Atlantico---Pacifico frio Atlantico quente ( la Nina) as chuvas ficam no centro e no norte, quando o Pacifico e' quente e Atlantico quente ( el Ninho) a chuvas ficam no centro e no sul---E nas outras duas combinaçoes como ficam ????

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    • Mauro Costa Beber Condor - RS

      Respodendo a pergunta do Carlo Meloni. Pacífico frio com Atlântico sul quente, foi 2021, maior safra da história do Rio Grande do Sul. Nos últimos 35 anos nunca ocorreu de o Pacífico estar quente (El Niño moderado ou forte) e o Atlântico Sul estar frio. O pior cenário par o Rio Grande do Sul é neutralidade positiva no Pacífico combinado com o Atântico sul frio. Quando isso ocorreu, em fevereiro choveu muito pouco no RS e houve quebras da safra de soja. Ocorreu isso em 1991,2004,2005 e 2020.

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