Antes de melhorar, o calor vai piorar. Mas dia 10 as chuvas mudarão o padrão da umidade, diz Agroclima
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Entrevista com João Castro - Agrometeorologista - Climatempo sobre a previsão do tempo
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Para quem não está suportando o calorão que permanece sobre a maior parte do País, é bom se prevenir. No meio da semana, quarta-feira, dia 7, a situação ficará ainda mais dramática. O centro-oeste, principalmente o sul do estado do Mato Grosso do Sul, verá as temperaturas atingirem 45 graus. A região de Cuiabá (MT) vai passar esses dias com temperaturas sempre acima de 40 graus, chegando a 43 facilmente. E também o Paraná e S. Paulo terão dias de temperaturas rondando os 40 graus.
Mas no final de semana, começando pelo dia 10, o padrao climático do Brasil sofrerá sensivel mudança. Quem esclarece é o agrometeorologista da Climatempo, João Castro, que tem em mãos os cenários já traçados pela sua equipe para os próximos dias e meses de primavera e verão (safra 20/21) do Brasil.
As chuvas vão romper o bloqueio atmosferico (na verdade um enorme bolha de ar quente que paira sobre o centro do País), e se espalhar por todo o País, diz ele. As chuvas chegarão ao Matopiba a partir do dia 13, e serão precipitações volumosas que durarão até a primeira semana de novembro.
De modo geral, à exceção do Nordeste, todo o País terá umidade e chuvas volumosas para iniciar a safra com segurança.
--"Mas as maiores chuvaradas desse início de safra vão cair sobre o Estado de Minas Gerais, mais precisamente entre os dias 13 e 14. Os volumes previstos superarão 30/40 mm. Serão chuvas fortes que deverão levar preocupação para quem mora à beira de encostas, como acontece nas regiões da zona da mata mineira", alerta João Castro.
A parte leste de MInas já vem recebendo algumas entradas de umidade durante a semana passada. Chuvas pontuais foram observadas também em municipios do Sul mineiro, mas sempre de forma descontinuada. Hoje, inclusive, essas chuvas costeiras durarão até terça-feira sobre a Zona da Mata de Minas.
Mas a partir do proximo domingo o padrão climático se transformará, com a formação de um corredor de umidade que unirá as chuvas do sul do Pais com as vindas da Amazonia e refrescará o clima para quase a totalidade do Brasil (e Paraguai).
Quando o calorão vai diminuir? Quando volta a chover?
O Climatempo afirma em seu site:
"A partir da segunda quinzena de outubro, as pancadas de chuva típicas da primavera já começam a acontecer de forma mais regular no centro-sul do Brasil. O calorão dos últimos dias não deve ser mais observado por um longo período como aconteceu com esta intensa onda de calor. A partir do meio de outubro, as nuvens e a chuva vão impedir que as temperaturas extrapolem tanto".
(veja a entrevista acima).
Semana começa quente, temperaturas vão subir bastante
Após uma semana de calor muito intenso em quase todo o Brasil, a passagem de uma frente fria trouxe um refresco para áreas do Sul e Sudeste durante o fim de semana.
No entanto, esta frente fria não teve força o suficiente para mudar o tempo pelo interior do país. A chuva e a queda de temperatura foram observadas principalmente em áreas do Sul, no sul e leste de São Paulo, Rio de Janeiro e algumas áreas de Minas Gerais.
Nesta segunda-feira, 05 de outubro, a frente fria já vai estar afastada em alto mar, e a tendência é que o sol volte a predominar sobre São Paulo, Rio de Janeiro e o Paraná. As temperaturas sobem no decorrer do dia e volta a fazer calor à tarde.
Algumas regiões ainda terão pancadas isoladas de chuva ao longo da semana, como é caso de Curitiba, a capital e o litoral de São Paulo, e o Rio de Janeiro. Mas, as temperaturas vão subir bastante e a semana será quente nestas localidades.
A maior parte do país ainda vai registrar temperaturas bem altas ao longo da semana, com chance de novos recordes em várias cidades.
Temperaturas entre 37°C e 43°C devem ser observadas em uma ampla área do país abrangendo estados de todas as regiões.
Foto de Marcelo Teixeira, São Paulo (SP)
Ar seco
A umidade relativa do ar vai continuar em acentuado declínio, no Paraná, em grande parte da Região Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, com valores abaixo dos 20% nas horas mais quentes. A situação é ainda mais preocupante entre as cidades do interior de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, oeste da Bahia e Tocantins. Nestas áreas a situação é de emergência para valores abaixo dos 12%.
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