Impacto para suinocultura é menor após operação Carne Fraca e produtores do RS mantém margens positivas na atividade
Desde a deflagração da operação Carne Fraca, da Polícia Federal, os preços do suíno vivo no Rio Grande do Sul perderam de R$ 0,20 a R$ 0,30 por quilo. Mas, o presidente da Acsurs (Associação dos Criadores de Suínos do Estado), Valdecir Folador, afirma que o setor suinícola do país passou praticamente "ileso, apenas com pequenos arranhões", pelas denúncias.
Segundo ele, embora os compradores tenham aproveitado as repercussões da operação para pressionar as cotações, "isso não chega a trazer muito prejuízo ao produtor, porque estamos com custos de produção menor".
Neste ano, os preços do milho - principal componente da nutrição animal - caíram significativamente em todo o país. Atualmente os suinocultores do estado conseguem adquirir a saca do cereal por R$ 21,00 posto granja, conta os quase R$ 50,00/sc praticados em 2016.
Assim, o setor consegue manter a margem de rentabilidade mesmo com a queda nos preços internos. No estado, a bolsa de suínos tem referência em R$ 4,13/kg, ao passo que antes da operação o preço médio era de R$ 4,50/kg.
"Nessa semana, pelo relato dos vendedores, a referência da bolsa deve fechar em torno de R$ 3,90/kg a R$ 3,95/kg", diz Folador.
Além disso, o presidente se diz otimista com o cenário futuro, uma vez que a oferta está ajustada. "Dentro de mais duas a três semanas o setor irá se recuperar, com os preços corrigindo, mesmo porque a oferta e demanda está bastante ajustada", ressalta. Para ele, o suinocultores devem encerrar o primeiro semestre com cotações acima de R$ 4/kg na média do país.
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