China e EUA devem retomar compras de carne bovina do Brasil. Oito plantas já estão aprovadas para atender mercado Chinês. EUA querem carne de dianteiro para segundo semestre

Publicado em 30/04/2015 13:25
China e EUA devem retomar compras de carne bovina do Brasil. Oito plantas já estão aprovadas para atender mercado Chinês. EUA querem carne de dianteiro para segundo semestre
China e EUA devem retomar compras de carne bovina no Brasil ainda este semestre. Ambos são mercados estratégicos, que darão uma perspectiva boa para o futuro das exportações no país e oito plantas já foram aprovadas para atender o mercado chinês.

No próximo dia 19, o Primeiro Ministro Chinês, Li Keqiang, estará no Brasil acompanhado de representantes do serviço veterinário para assinar o acordo sanitário. Esse protocolo gera o documento oficial que irá junto com a carga para China.

Para Fernando Sampaio, diretor executivo da ABIEC, Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne, o mercado asiático é interessante. “A China tem um consumo per capta baixo, porém uma grande população com crescimento de renda acelerado”.

Segundo o protocolo exigido pela China, o Brasil terá que tornar mais rígido o sistema de rastreabilidade e somente os bovinos com até trinta meses poderão ser embarcados para o país. Sampaio explica que isso não será um impeditivo aos novos negócios.

“Em relação às exigências, não há nada que nos preocupe. Abatemos a maioria dos animais com idade inferior a trinta meses. Já a rastreabilidade serve para o caso de acontecer alguma ocorrência sanitária, termos como encontrar a origem do problema, ou seja, a fazenda onde teve o foco de alguma doença. E isso o Brasil é capaz de fazer”.

Atualmente, o Brasil exporta para a China cerca de 300 mil toneladas por ano e a perspectiva é de crescimento. E isso deve se concretizar, segundo Sampaio, porque outros fornecedores tradicionais como Austrália e EUA, não serão capazes de atender a evolução da demanda da nação asiática.

“Com o aumento do consumo na China e na Ásia, o Brasil vai entrar como uma alternativa competitiva, porque esses outros países não tem condições de atender a demanda toda que vai surgir. O Brasil tem boas condições de pegar uma fatia dessas exportações”.

Mercado dos EUA

Enquanto isso, a Embaixadora dos EUA, Liliana Ayalde, esteve no Brasil recentemente e afirmou que os acordos para compra de carne bovina in natura pelos EUA estão avançando. Para Sampaio, “Toda etapa técnica já foi feita. Só falta a publicação oficial da exportação. Essa publicação depende apenas de um gesto político, esperamos que com a ida da Presidente Dilma aos EUA em junho, esse anúncio possa acontecer”.

O processo de abertura de mercado começou há bastante tempo. “Foi feito uma análise de risco por conta do Brasil não ter um território totalmente livre de febre aftosa. A liberação seria para quatorze estados brasileiros para enviar a carne in natura”, explica o diretor da ABIEC.

Nos EUA, o perfil das compras é mais pela oferta do dianteiro magro e esse poderia ser um atrativo para conquistar o mercado norte – americano.

Esse tipo de produto é bastante utilizado para a fabricação de hambúrguer, por exemplo, e os EUA tem o maior mercado de carne industrializada do mundo. Os cortes de dianteiro não são tão utilizados no Brasil. “O mercado interno consome mais traseiro do que dianteiro e dianteiro tem que colocar na exportação”, explica Sampaio.

Exportações brasileiras

Atualmente, o Brasil é o único país que consegue ampliar significativamente a área de rebanho e pastagem, portanto, a oferta de carne para exportação vai suprir outros mercados no mundo e fazer com que o Brasil se torne a longo prazo o maior player de carne bovina.

“O foco grande está na Ásia, em países como Indonésia e Tailândia que não dependem de petróleo e vão precisar importar carne. Também temos no Marrocos e na Turquia, especialistas estudando o mercado de carne”, conta Sampaio.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Por:
Aleksander Horta//Nandra Bites

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1 comentário

  • Celso de Almeida Gaudencio Londrina - PR

    Quantas dessas plantas situam-se no PR e SC

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