Matiello: Recuperação no arábica não vem em 2023 e safra do conilon também vai ser menor depois do frio fora de época e excesso de chuva
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Matiello: Recuperação no arábica não vem em 2023 e safra do conilon também vai ser menor depois do frio fora de época e excesso de chuva
Observações em campo efetuadas em lavouras de café, nesse último ano, mostram que muitos ramos tiveram seca de ponteiros e houve abortamento de frutinhos, em grande escala, por efeito de falta de reservas nas plantas, após um período de stress hídrico, o que se considera um efeito de caráter fisiológico.
A seca de ramos laterais de cafeeiros, conhecida como como seca de ponteiros, pode ser associada a dois tipos de problemas – um de natureza fitopatológica, ou seja, quando ocorre o ataque de uma doença e outro de natureza fisiológica, envolvendo carência de nutrientes e falta de reservas na planta.
O abortamento e a mumificação de frutinhos, da mesma forma que a seca de ponteiros, podem ser devidos à infecção por doenças ou por desequilíbrios no balanço de carboidratos, em ramos ou em plantas fracas, estressadas.
No aspecto de doenças, o ataque de Phoma e de Pseudomonas pode provocar perdas devido à seca de ramagem e falhas na frutificação. Neste ciclo agrícola tem havido esse ataque, no entanto, em muitos casos, a causa desses problemas é a condição da ramagem enfraquecida e com poucas reservas. Observa-se que, nesta safra, os cafeeiros entraram em floração bem desfolhados, em função do stress hídrico no período anterior. A floração deu origem à formação de frutinhos que, em seguida, têm apresentado problemas de pegamento. Esta tem sido a razão predominante para a seca de ponteiros e a presença de rosetas com poucos frutinhos e até de frutinhos que secam, se mostrando mumificados.
Para tirar dúvidas, sobre a causa dos problemas de seca de ramos e, principalmente, de abortamento de frutinhos, deve-se verificar o histórico da região, a altitude e condições de temperatura e de umidade da área. Quando se suspeitar de ocorrência das doenças, por Phoma e Pseudomonas, deve-se observar se, além de frutinhos mumificados nas rosetas, existem sintomas das doenças na folhagem e ramagem.
Na condição em que os problemas podem ser causados por falta de reservas nos ramos deve-se verificar o enfolhamento residual dos ramos, ou seja, a presença de folhas velhas. Quando existirem poucas dessas folhas a planta inicia rapidamente a emissão de folhagem nova, em grande quantidade e em curto período, parecendo que esse re-enfolhamento se torna o dreno prioritário, em detrimento da formação normal dos frutinhos.
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