CNC explica que crédito do Funcafé está disponível para todo produtor que teve mais de 10% da safra comprometida pela seca

Publicado em 07/12/2020 16:49 e atualizado em 07/12/2020 19:16
Silas Brasileiro - Pres. Conselho Nacional Café - CNC
Foi ampliada dos atuais R$ 10 milhões para R$ 160 milhões a linha de crédito para financiar a recuperação dos cafezais com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé)

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Entrevista com Silas Brasileiro - Pres. Conselho Nacional Café - CNC sobre o Funcafé

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Foi ampliada dos atuais R$ 10 milhões para R$ 160 milhões a linha de crédito para financiar a recuperação dos cafezais com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). Segundo informações divulgadas pelo Mapa, no final de novembro, a medida foi justificada pelos efeitos negativos de eventos climáticos adversos, basicamente falta de chuva e altas temperaturas, que atingiram os cafezais entre os meses de março e outubro de 2020 nas principais regiões produtoras do país, o que comprometeu a produtividade da safra a ser colhida em 2021, com possibilidade de afetar também a safra 2022. A suplementação foi realizada mediante remanejamento de parte dos recursos destinados a linhas de operações de comercialização, financiamento para aquisição de café e capital de giro.

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, Silas Brasileiro - presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), destacou que a medida atende às necessidade do setor neste momento de crise. "Que a safra será menor também é uma realidade constatada, só não ainda como quantificar para passar uma informação segura para o mercado. O que podemos passar é as consequências que virão, graves em algumas propriedades", comenta. 

Destaca ainda que a linha de crédito está disponível para todo produtor que teve ao menos 10% da safra impactada pela seca, seja ele cooperado ou não. Para fazer a solicitação da verba, o produtor precisa de um laudo técnico que comprove o prejuízo. "Além de fazer a recuperação, ele tem também que demonstrar que vai ter a capacidade de pagamento, isso é muito importante", explica. Destaca ainda que o prazo para pagamento pode chegar a seis anos e que não há possibibilidade do pagamento ser feito em sacas de café. 

O teto máximo para cada produtor é de R$ 200 mil por produtor. Explicando as taxas, o produtor explica que é referente à remuneração do fundo. "Se fosse hoje, o máximo que ele iria pagar é em torno de 2,5%, isso poderá poderá oscilar, mas não após a contratação. Ele contratando, o valor fica fixo e ele vai pagar aquele valor de taxa até o final do contrato. Isso dá uma garantia e uma segurança muito grande", comenta. 

Mais recurso para pesquisa 

O Mapa está reforçando o orçamento do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, coordenado pela Embrapa, em R$ 2,8 milhões, com recursos do Funcafé. Com esse aporte, o volume total destinado à pesquisa para a cultura do café, em 2020, atinge R$ 7,4 milhões.

O consórcio é integrado pelas principais universidades e institutos de pesquisas que atuam no setor cafeeiro. As atividades garantem um padrão tecnológico na cultura do café possibilitando crescimento da produtividade das lavouras, fazendo com que o Brasil se destaque como o país com maior produção cafeeira.

O trabalho da pesquisa está focado em tecnologias para o melhoramento genético das plantas, combate de pragas e doenças, aproveitamento de resíduos, garantindo o equilíbrio com o meio ambiente e melhorias nas fases de colheita e pós colheita, importantes etapas para garantir a boa qualidade da bebida nacional. 

Veja a entrevista completa no vídeo acima

 

 

 

 

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Por:
Virgínia Alves
Fonte:
Notícias Agrícolas

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