Itaú BBA: Cenário é grave e falta de chuva pode comprometer em até 30% a produção de arábica na safra 21
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Entrevista com Cesar de Castro Alves - Consultor de Agronegócio do Itaú BBA sobre o Mercado do Café
DownloadEm boletim divulgado pelo Itaú BBA, a consultoria divulgou nesta semana que apesar do retorno das chuvas na maior parte das regiões cafeeiras desde o início de outubro, fundamentais para a fixação das floradas abertas anteriormente e também para amenização do déficit hídrico, comum no período mas especialmente forte neste ano, os volumes de chuvas têm desapontado.
Chama atenção principalmente o Sul de Minas, onde se encontra a maior área de café entre as regiões (538 mil hectares), o equivalente a 35% da área de café arábica do Brasil. Na região de Varginha, por exemplo, choveu cerca de 20 mm em outubro enquanto que na Baixa Mogiana, choveu 35 mm, contra médias históricas acima de 100 mm nestas localidades. Já no Cerrado mineiro e Alta Mogiana a condição hídrica é menos crítica mas também apresenta anomalia negativa. No ES, onde estão as maiores áreas de café conilon, ocorreu o contrário, com as chuvas de outubro superiores à média histórica.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, Cesar de Castro Alves, voltou a destacar a gravidade da situação no Brasil e afirmou que apesar de ainda ser cedo para definir os impactos para a próxima produção, a falta de chuva e elevadas temperaturas podem comprometer em até 30% a produção do café tipo arábica em 2021.
"Além disso, com safra brasileira 2021/22 se desenhando menor que a esperada, um ponto de atenção será o cumprimento doscompromissos assumidos dado que alguns produtores podem eventualmente ter excedido nos volumes fixados para entrega em 2021 e serem surpreendidos com menor produtividade em relação ao esperado", destacou o Itaú BBA em sua análise oficial.
Confira a entrevista completa no vídeo acima
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