Safra de café conilon no ES encerra com produção de 4 mi/scs, apenas 40% do potencial do estado. Recuperação só em 2019
Consequência da seca a produção de café conilon no Espírito Santo registrou quebra de 40% em relação à temporada anterior, totalizando produção de 4 milhões de safra.
Na safra 2015/16 as regiões norte e noroeste do estado produziram aproximadamente 8 milhões/sacas, já apontando uma queda de 20% em relação ao potencial produtivo que é de 10 milhões de sacas.
De acordo com o gerente comercial da Cooabriel, Edmilson Calegari, "a anormalidade climática ocorre desde 2014 no Estado, com chuvas bastante irregulares, que prejudicaram a produção do café."
Neste ano, a combinação de tempo seco e quente causou o abortamento das floradas e a má formação dos grãos, resultando no baixo rendimento da safra.
"Normalmente um secador de 18 mil litros produz aproximadamente 40 sacas beneficiadas, neste ano as melhores produções chegaram a 34 sacas", destaca.
E refletindo a queda da safra, os preços do conilon vêm alcançando recordes consecutivos no mercado interno. "As altas, porém, não compensam os prejuízos", afirma o gerente geral.
Nesta semana, o índice Cepea/Esalq do robusta atingiu novo recorde real. O tipo 6, peneira 13 acima, no Espírito Santo, fechou a R$ 461,26/saca de 60 kg nessa terça (4), alta de 2,2% em relação à semana anterior. O Centro destaca, no entanto, que as negociações envolvendo a variedade ocorrem pontualmente.
Como medida para sanar os prejuízos dos produtores capixabas, o Governo Federal autorizou a renegociação das dívidas relacionadas às operações de crédito rural de custeio e investimento em consequência dos prejuízos na produção e nas lavouras provocados por intempéries climáticas como estiagem e seca, na safra 2015/2016.
"A medida, contudo, não resolve o problema porque tivemos muitas lavouras danificadas que precisaram ser erradicadas". Calegari ressalta ainda que as renegociações bloqueiam novas tomadas de crédito de investimentos.
Safra 2017/18
Com cafezais em condições diversas [necessitando desde erradicação, desfolha ou ainda com reserva hídrica em decorrência da irrigação] a perspectivas não são positivas para a próxima safra.
As chuvas, até o momento, não se consolidaram na região e os produtores aguardam bons volumes para recuperação dos lençóis freáticos.
Desde meados de julho a região vem registrando floradas, mas que ainda dependem da consolidação do clima. "As previsões indicam que neste mês teremos uma condição climática mais favorável, que possibilitaria uma manutenção na produção da safra 2016/17", ressalta Calegari.
Segundo o gerente geral, a recuperação total do potencial produtivo somente ocorrerá em 2018/19.
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