Reabertura do frigorífico de Mozarlândia para exportação de carne bovina para China tem mais relevância que habilitação de plantas para Indonésia
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Reabertura do frigorífico de Mozarlândia para exportação de carne bovina para China tem mais relevância que habilitação de plantas para Indonésia
O mercado pecuário recebeu notícias importantes na semana anterior, com a reabertura de algumas plantas frigoríficas para exportar para a China, habilitação de novos frigoríficos para a Indonésia e o levantamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
De acordo com o Médico veterinário e diretor da HN AGRO, Hyberville Neto, o mercado está com perspectivas elevadas após a reabertura da planta de Mozarlândia/GO para exportar para a China, o que pode colaborar com menos gado disponível para vir pro estado de São Paulo. “Isso pode acabar mudando o cenário do mercado, mas não esperamos que apenas a volta dessa unidade seja suficiente para anular o fato de estarmos na fase de baixa de ciclo, com mais ofertas de animais”, relatou.
Ainda segundo o consultor, a unidade de Mozarlândia/GO foi responsável por embarcar no primeiro trimestre de 2022 quase a mesma quantidade de carne comprada pela Indonésia durante todo ano. “Nós exportamos 20 mil toneladas para a Indonésia no ano passado, enquanto Mozarlândia foi responsável por embarcar 18,7 mil toneladas em três meses”, afirmou durante entrevista ao Notícias Agrícolas.
O Departamento Norte-Americano de Agricultura (USDA) divulgou na última quinta-feira (12/01) um relatório revisando para cima sua projeção de importações de carne bovina da China para 2023 em cerca de 24%. ”Ao invés de uma queda de 9,24% como divulgado no último relatório, a estimativa agora é de um crescimento de 2,17% ano contra ano no volume das importações chinesas de carne bovina em 2023”, relatou.
Com relação aos preços negociados para os animais, a expectativa é que os produtores comecem a reter os animais no pasto à espera de altas nos preços, mas não deve alterar o cenário nos próximos meses. “Eu não apostaria tantas fichas que o mercado vai mudar por conta desse cenário, mas é claro que essas notícias podem trazer um alívio para o mercado”, reportou.
Do lado da relação de troca, houve uma melhoria de 0,7% para a compra de bezerro no ano passado. “O produtor precisava de 8,6 arrobas de boi gordo para comprar um bezerro, sendo que em 2021 o pecuarista precisava de 9,3 arrobas de boi gordo para um bezerro”, apontou.
No caso das cotações da carne bovina no atacado, os cortes de dianteiro trabalharam o mês de janeiro mais firme e sustentado. “Já no caso dos cortes traseiro registraram cortes mais intensos ao longo deste mês, o que é mais típico nesta época do ano em que o escoamento é mais lento após as festas de final de ano”, concluiu.
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