Sem boi magro na praça, tempo de permanência de animais em confinamento deve aumentar em até 60 dias , diz Assocon

Publicado em 07/04/2021 12:32 e atualizado em 07/04/2021 15:28
Maurício Velloso - Presidente Assocon
Estimativa preliminar da entidade aponta para recuo de 15% a 20% no volume de animais confinados no primeiro giro

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Entrevista com Maurício Velloso - Presidente Assocon sobre o Mercado do Boi Gordo

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Quando os preços da arroba atingiram patamar recorde, os pecuaristas começaram a abater animais mais leves para aproveitar o cenário e acreditando que as cotações poderiam cair. “Isso acabou levando a uma falta de animais mais erados, ou seja, os animais de 13/@ a 15/@ que agora estão raros no mercado. No entanto, não dá para antecipar o abate de animais mais jovens que 14@, pois  exige cuidados especiais e custos mais elevados”, afirmou o Presidente da Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon), Maurício Velloso, em  entrevista ao Notícias Agrícolas.  

O animal de até 15 arrobas leva de 90 a 120 dias para ser terminado no confinamento, porém um animal mais jovem que peso precisa ficar mais 60 dias no confinamento. “É muito difícil fechar essa conta com margem já que temos que colocar a diária dos boiteis e valor da alimentação”, reportou. 

A oferta de animais terminados deve seguir cada vez mais restrita no decorrer de 2021. “Isso é reflexo da dificuldade do pecuarista em fazer a safra de boi a pasto já que as chuvas foram muito inconstantes. Nós tivemos baixo volume de precipitação em dezembro e janeiro, assim os animais que seriam terminados no pasto foram enviados para o confinamento de forma precoce”, apontou. 

Atualmente, os confinamentos estão com a capacidade cheia com animais da safra de pasto e com gado que vai sair no primeiro giro do confinamento deste ano. “Vamos ter um volume de animais no primeiro tombo, mas será menor que o total observado no mesmo período do ano anterior. Acreditamos que devemos ter uma queda ao redor de 15% a 20%, mas esse percentual ainda não está consolidado”, comentou. 

Os pecuaristas estão acompanhando as elevações nos preços do milho e adotando estratégias para reduzir os custos com o confinamento. “As pessoas ficam receosas de investir um valor muito alto diante dos preços da alimentação e da reposição. Para o segundo giro do confinamento, precisamos saber se a segunda safra do milho será positiva ou negativa e como vai ser a disputa pelo milho no mercado interno”, destacou.

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Por:
Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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