Arroba de R$320 para boi china já é realidade em SP e se depender de pressão dos pecuaristas, vira referência nos próximos dias

Publicado em 18/03/2021 12:22 e atualizado em 18/03/2021 14:42
Fernando Henrique Iglesias - Analista da Safras & Mercado
Consumo de mercado interno continua sendo uma incógnita com recentes restrições econômicas nos estados

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Entrevista com Fernando Henrique Iglesias - Analista da Safras & Mercado sobre o mercado do boi gordo

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Na região de Andradina/SP ocorreu um negócio pontual de R$ 320,00/@ para o animal com padrão exportação com um lote de 450 cabeças. A movimentação cambial e retomada das compras chinesas motivou os frigoríficos exportadores a pagar mais pelo boi China. O analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, destacou que muitos pecuaristas têm como alvo o novo patamar de preço para fechar as novas negociações. 

“A cotação segue batendo recorde em 2021 em função da falta de oferta de animais e isso contribuiu para que os produtores continuem buscando valores maiores. Neste momento, as indústrias estão disputando por matéria prima e isso leva a crer que nos próximos dias os preços devem trabalhar a R$ 315,00/@ a R$ 320,00/@ em São Paulo ”, comenta. 

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) tem sinalizado um processo de recomposição do rebanho suíno na China. “No relatório do USDA aponta que a potência asiática iria depender menos da importação de proteínas animais para atender o seu mercado doméstico. Claro, que isso deve demorar a acontecer e vamos continuar embarcando bons volumes para a China neste ano”, ressalta. 

As exportações de carne bovina in natura até a segunda semana de março demonstraram um bom desempenho. “Isso é sinal que a China está comprando mais volumes para compor seus estoques. A China precisou leiloar uma parte dos seus estoques públicos de carne para atender a demanda no País”, conta o analista. 

No mercado interno, a cotação da carcaça casada registrou valorização nesta primeira quinzena do mês e está próxima de R $19,00/kg. “É um movimento de alta para a carne no atacado, porém os frigoríficos têm encontrado dificuldades operacionais e a margem não está favorável, tanto que muitas indústrias reduziram a capacidade de abate e deram férias coletivas para os funcionários”, aponta.

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Por:
Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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