China diminui ritmo de compra da carne bovina e reduz em 15% valor ofertado por tonelada do produto brasileiro, diz frigorífico

Publicado em 02/12/2019 12:47
Luciano Pascon - Ceo do Frigol
Com elevação nos preços da carne bovina no mercado interno, consumo recua 30% e estoques aumentam

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Entrevista com Luciano Pascon - Ceo do Frigol

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No mês de novembro, a potência asiática reduziu o número de compras de carne bovina in natura brasileira e diminuiu 15% do valor ofertado pela a tonelada do produto. Com a alta da carne bovina no mercado interno, o consumo registrou uma queda de 30% nos últimos dias e os estoques da proteína aumentaram.

De acordo com o CEO da Frigol, Luciano Pascon, o cenário do mercado é preocupante em virtude do desequilíbrio dos preços da carne. “Nós tivemos uma alta violenta na arroba o que proporcionou uma redução drástica no consumo interno e trouxe um alerta para as exportações para a China e os demais países”, comenta.

A demanda chinesa por carnes brasileiras vai continuar aquecida já que oferta de proteínas na China deve continuar restrita para o próximo ano. No entanto, as vendas para a China não estão acontecendo pelo fato de estarem abastecidos e pelo valor elevado da carne. “Nós vamos ter que aguardar o mercado se equilibrar tanto do lado da oferta como na demanda”, relata.

O importador chinês já tem um estoque considerável para passar o ano novo chinês que ocorre no final de janeiro, tendo em vista que maior momento de consumo. “Hoje, eles estão fora do mercado aguardando um recuo dos preços e a indústria brasileira não pode recuar, pois os valores da matéria prima subiram de forma significativa”, aponta.

O setor pretende flexibilizar o protocolo para exportar carne bovina para a China, na qual o animal precisa ter até 30 meses e um intervalo de graduação de PH nas classificações da carcaça. “Outros fornecedores como a Argentina e o Uruguai não tem dada limite para o animal e podem exportar um volume muito maior. Nós estamos pleiteando ao Ministério da Agricultura uma flexibilização da idade do animal”, conclui.

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Por:
Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Tales Ricardo Roso Vila Maria - RS

    Mentira, mal começou a exportar e agora querem travar o preço para o produtor,,..

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    • Geraldo Emanuel Prizon Coromandel - MG

      O maior engodo do mercado é o termo "boi china", como se fosse esse o motivo das altas. O boi subiu porque a pecuária vem, de trinta anos para cá, sendo massacrada e, de consequência, perdendo espaço para as lavouras. Não há boi suficiente para atender a demanda. Essa é a verdade.... E, olha que estamos a mais de dez anos sem crescimento interno que é responsável por 80% do consumo. Escassez , veremos se este país voltar a crescer 3-4% ao ano. Aí sim vai faltar boi. A china só é uma gota d´água no copo cheio.

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    • Renata Gaiotto Sebastiani

      A realidade é uma só: não haverá oferta suficiente para cobrir a demanda nos próximos 1-3 meses. E os frigoríficos estão derrubando os preços no mercado físico, para terem maiores margens lucrativas, aproveitando este câmbio em alta. O pecuarista precisa ser firme e não ceder, pois há nais de uma década está arcando com margens negativas no campo. Notícias da peste suína na Europa já estão sendo divulgadas nos jornais belgas e alemãs... tem muito mais coisa a acontecer ainda...

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