Antecipação das entregas de bois deve promover um vazio de oferta nos próximos meses na região de Cáceres-MT e elevar arroba

Publicado em 07/10/2019 13:14
Ricardo Castella Cardoso - Vice-Presidente do Sind. Rural de Cáceres/MT
O incremento de mais de 20% no custo da suplementação e mais a alta no animal de reposição limitam ampliação da oferta nos próximos meses

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Mercado do Boi Gordo - Entrevista com Ricardo Castella Cardoso - Vice-Presidente do Sind. Rural de Cáceres/MT

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Na região de Cáceres/MT, a tendência é que tenha um vazio de oferta nos próximos meses devido à antecipação da entrega dos animais terminados. Por outro lado, o incremento de 20% na dieta dos animais e os preços atuais da reposição limita as margens de lucratividade do pecuarista.

De acordo com o Vice-Presidente do Sindicato Rural da localidade, Ricardo Castella Cardoso, as referências para o animal estão evoluindo nos últimos meses e a casa quinzena as cotações sobem R$ 1,00/@.“Temos observado negócios para o boi Europa na faixa de R$ 150,00/@ e boi comum está operando ao redor de R$ 147,00/@, no prazo com trinta dias”, comenta.

O pecuarista do município, Ari Paulo Rodrigues, destaca que os atuais patamares de preços não atende as necessidades dos produtores rurais. “Isso por que, a dieta do animal encareceu e a reposição também está difícil. Eu acho que deveria valer mais do que está hoje e muitos estão deixando o mercado com os preços atuais”, relata.

A liderança salienta que os produtores que não realizam contratos futuros, no início do ano, precisam pagar em torno de 20% a mais na alimentação dos animais. “Os pecuaristas que não compraram milho e não fecharam contrato para o DDG estão pagando muito mais”, afirma Cardoso.

Um fator que preocupa os pecuaristas a falta de disponibilidade de animais para o mês janeiro, tendo em vista que a estiagem neste ano foi muito severa. “Nós acreditamos que vai ter um atraso na entrega dos animais que estão no pasto e vão ser abatidos no primeiro trimestre do próximo ano. O rebanho vai demorar por volta de 60 dias a mais para ficar pronto e ser entregue para as indústrias”, diz o pecuarista.

Os frigoríficos ampliaram a capacidade de abate em função da demanda, mas as indústrias não estão encontrando os animais terminados e tiveram que antecipar os contratos para outubro. “Muitas empresas fecharam contratos para novembro, mas com a falta de animais estão pedindo para entregar neste mês”, aponta o pecuarista

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Por:
Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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