Frigoríficos no MT com escalas longas, fechadas por grandes lotes, com pequenas janelas para balcão; tecnologia inflou rebanho

Publicado em 16/08/2018 13:09
Neto Gouveia - Presidente da Comissão de Pecuária da Famato
Na região de Cáceres, boi europa R$ 133, castrado R$ 130 e inteiro de pasto R$ 128/130, preços que estão remunerando quem tem volume e qualidade. Excesso de oferta praticamente eliminou a entressafra no estado. Manejo de pasto, precocidade, semi e confinamento ajudaram a manter a oferta no alto.

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Entrevista Neto Gouveia - Presidente da Comissão de Pecuária da Famato sobre o com Mercado do Boi Gordo

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No estado do Mato Grosso, o mercado do boi gordo segue muito ofertado e as escalas de abates estão em torno de 10 a 12 dias úteis na maioria das plantas. Contudo, as plantas fecharam grandes lotes de animais e deixaram pequenas janelas para negociações balcão.

Segundo o Presidente da Comissão de Pecuária da Famato, Neto Gouveia, não mais entressafra no estado em função do excesso de oferta de boiadas. “O mercado consumidor quer ter uma segurança alimentar e precisamos produzir bons animais e na intenção de ficarmos mais produtivos causamos o aumento na oferta”, afirma.

Na região de Cáceres/MT, ainda tem animais nos pastos por conta da integração da lavoura e a pecuária. “É possível produzir uma mata que fica verde por mais tempo até no período de seca. Tendo em vista, que o boi pode ganhar peso mesmo na seca”, destaca.  

Para os próximos dias, a tendência é que as escalas de abate para o boi Europa fiquem disponíveis somente no mês de setembro. “O boi Europa está em torno de R$ 133,00/@ a R$ 134,00/@ e o boi castrado está próximo de R$ 130,00/@, com trinta dias. No caso dos bois inteiros de pastos sem comer ração nenhum frigorífico quer e as referências estão ao redor de R$ 128,00/@ a R$ 130,00/@”, aponta.

Ainda de acordo com a liderança, o atual cenário está complicado para os pecuaristas e para as plantas frigoríficas. “Chegamos a um ponto em que está difícil para nós que produzimos e para a planta também, tirando a parte de exportação que teve bons resultados”, finaliza.

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Por:
Giovanni Lorenzon e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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