Boi gordo no MT quebra ganhos por cabeça na safra de bezerros, mais a pressão dos custos, e faturamento iguala só com volume
No estado do Mato Grosso, as referências para os bezerros estão satisfatórias diante do mercado, mas inferior se comparada às safras anteriores. No entanto, os pecuaristas fecharam com um faturamento igual ao ano passado em termo de valores por que a produção aumentou.
Por outro lado, os custos operacionais estão mais elevados neste ano. Isso por que, o tabelamento dos fretes encareceu os preços dos insumos. Segundo o pecuarista do município de Alta Floresta/MT, Carlos Dias, o mercado está se comportando de maneiro diferente de dois anos atrás, sendo que muitos produtores estão tentando fechar as contas.
“Eu entendo que a lucratividade neste setor é baixa, quando existem lucros, porém nós estamos trabalhando para pagar as nossas contas. Em minha opinião, é preciso ter um pouco de volume para diluir os custos e ter um preço mais atrativo”, comenta.
Ainda de acordo com o pecuarista, as escalas de abate na localidade estão longas em torno de 15 a 30 dias. “Não é um cenário otimista para o lado do pecuarista, mas não podemos desanimar por que não é uma atividade que se consegue entrar e sair do dia para a noite”, salienta.
Até o momento, as referências para a vaca estão ao redor de R$ 122,50/@ com trinta dias e o macho está por volta de R$ 129,00/@ a R$ 131,00/@. Na região, poucas propriedades têm boi gordo se qualidade e os que têm estão em confinamento e semiconfinamento.
“Além de ter uma baixa oferta de qualidade, tem muitos confinamentos que estão soltando os gados. No confinamento, a fêmea não fecha a conta e no macho só remunera com o milho barato”, ressalta.
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