Início da entressafra, menor volume de animais confinados no 1º giro e demanda por carnes reagindo, sugerem reação na @ do boi

Publicado em 18/06/2018 12:49
Alex Santos Lopes - Analista da Scot Consultoria
Reação da demanda por carnes já vem sendo verificada desde final de abril com elevações consistentes e margens positivas para as indústrias

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Entrevista com Alex Santos Lopes - Analista da Scot Consultoria sobre o Mercado do Boi Gordo

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No mercado do boi gordo, o início da entressafra, menor número de animais em confinamento no primeiro giro e demanda por carne no atacado reagindo pode impactar no preço da arroba.

Segundo o analista da Scot Consultoria, Alex Santos Lopes, em determinas praças o cenário do mercado é transição de um período de desova de animais de safra para uma entressafra. “Neste ano, a safra se alongou um pouquinho em função da qualidade das pastagens. Enquanto, não se tornar difícil manter os animais na fazenda a tendência é que os pecuaristas prolonguem cada vez mais o gado nos pastos”, afirma.

Até o momento, a média das escalas de abate estão em torno de 4 a 5 dias nos frigoríficos do estado de São Paulo, que é considerada normal. “As escalas diminuíram logo após a greve dos caminhoneiros sendo que estava muito difícil de comprar animais antes disso, mas rapidamente os frigoríficos conseguiram estabelecer”, destaca.

Atualmente, a referência para o boi gordo em São Paulo está próxima de R$ 138,00/@ a vista, livre de funrural.  Já a prazo, está por volta de R$ 140,00/@. “Tem frigoríficos tentando pagar menos, mas o mercado trava. As modificações nos preços são pontuais e cada praça se comporta de uma forma”, comenta.

Em relação ao confinamento, o analista salienta que o volume do primeiro giro não vai facilitar o poder de compra dos frigoríficos. “A partir do segundo giro esse cenário vai mudar com a safrinha já definida e o preço do milho mais baixo. E talvez o mais importante dessa equação, a arroba do boi gordo no mercado futuro se comportando em um período de entressafra”, ressalta.

Do lado da demanda, os preços da carne no atacado sem osso não registraram nenhum viés de baixa nos últimos meses. “A melhora do consumo começou a se manifestar e são dois meses de alta no mercado de carne. Isso é animador, e a gente espera que isso continue até o final do ano”, finaliza.  

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Por:
Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • dejair minotti jaboticabal - SP

    Alex,quando você expõe que a margem do frigorifico esta acima de 30%, esta margem é bruta ou liquida,como ouvi que o confinamento varia de 10 a 15% de margem liquida,caso o frigorifico seja liquida,não há um descompasso mesmo considerando os investimentos.Só quero entender.

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