Em GO, pecuaristas têm pasto para suportar pressão a R$ 126/@ e JBS já escala boi confinado; 1º giro sem otimismo

Publicado em 06/06/2018 12:05
Marcelo Marcondes - Pecuarista
Valor ofertado no Vale do Araguaia a R$ 2 menor que antes da greve. Sul do estado, a R$ 124. Semi-confinamento cresce e ajuda o manejo com pastos para mais 30 dias. Reposição segue valorizada no magro, a R$ 144, e bezerro a R$ 1,3 mil, puxada por grandes confinamentos de ciclo completo.

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Entrevista com Marcelo Marcondes - Pecuarista sobre o mercado do Boi Gordo

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No estado do Goiás, as pastagens apresentam boas condições e os pecuaristas estão conseguindo manter os animais por mais tempo apesar do valor da arroba do boi gordo na região do Vale do Araguaia gira em torno de R$ 126,00, livres de impostos.

Segundo o pecuarista, Marcelo Marcondes, apesar das ofertas não serem abundantes aos poucos as negociações estão sendo retomadas no mercado. “As condições das pastagens diminuem o poder dos pecuaristas em aguardar melhores comercializações, mas não é o caso do nosso estado, isso por que os pastos estão secando e muitos adotaram o semiconfinamento”, afirma.

Dessa forma, os pecuaristas conseguem segurar os animais por mais tempo nas pastagens. “Com esse trato no boi a pasto, acredito que agüentamos mais trinta dias. No caso, a JBS da região de Mozarlândia já está comprando boi de confinamento com escala até o dia 16 deste mês”, destaca.

Na região do Vale do Araguaia, o valor ofertado da arroba do boi está cerca de R$ 2,00 a menos antes do início da greve dos caminhoneiros. “Nós estamos dando conselho aos produtores que só é para matar quando precisar mesmo para despesa, pois se continuar aumentando a escala tende cair ainda mais a arroba”, ressalta.

Na localidade, muitos produtores estão investindo no boi magro para reprodução a R$ 144,00/@ e o bezerro a R$ 1,3 mil. “O bezerro de 200 a 220 kg está muito caro em relação à arroba e está prejudicando a troca”, comenta.  

Confinamento

O confinamento é viável para aqueles que têm estrutura, planejamento e que já tem estoques de milho, pois a intenção de confinamento está nos patamares do ano de 2016. Ainda segundo Marcondes, este ano ele não vai investir no confinamento, pois não adquiriu o milho.

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Por:
Giovanni Lorenzon e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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