Oferta de fêmeas aumenta e ajuda a pressionar cotações da arroba em MS. Preços só não despencam por boas exportações de carne
No Mato Grosso do Sul o mercado do boi gordo está bastante ofertado, promovendo recuos expressivos nos preços.
A gestora do departamento econômico da Famasul (Federação de Agricultura do Estado), Adriana Mascarenhas, explica que especialmente a participação de fêmeas tem sido motivadora das baixas.
Os meses de fevereiro e março marcam o fim da estação de monta, onde normalmente as vacas que não foram emprenhadas vão para descarte. Neste ano há o agravante da queda nos preços dos bezerros que favorecem o abate das fêmeas.
Na média da primeira quinzena de fevereiro o boi gordo no Mato Grosso do Sul foi comercializado a R$ 133,23/@ uma queda de 3,1% em relação aos preços praticados há um ano, em torno de R$ 137,40/@. Na vaca a média é de R$ 124/@, contra R$ 131,69/@ do ano passado, recuo de 5,86%.
Mas, para Mascarenhas, embora a oferta seja um fator importante neste contexto atual de baixa, "o que tem comprometido mais é o desempenho da demanda interna", diz.
As vendas internas representam 80% da produção nacional e nos últimos anos tem sofrido com a recessão econômica.
Diante do cenário baixista, a gestora conta que os pecuaristas estão "preferindo segurar o boi para acompanhar como será o comportamento de mercado".
Mas, ressalta que é importante avaliar a tendência dos preços no médio prazo. Os contratos futuros na BM&F até outubro indicam arroba em queda, próxima de R$ 140.
"Agora, um fator que pode rever as cotações futuras é se continuarmos apresentando resultados positivos nas exportações", diz Mascarenhas.
Em janeiro, os embarques do Mato Grosso do Sul apresentaram crescimento de 18,9% em volume e 26,9% na receita, se comparado ao mesmo período de 2016. Entre os principais destinos está o Chile e Honk Kong.
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