Ano começa com muita incerteza tanto em relação a oferta quanto a demanda para o boi gordo
Os primeiro negócios com a arroba do boi gordo no ano refletem as incertezas sobre o andamento do mercado em 2017. Sem sinais de como se comportaram indicadores importantes como oferta e demanda, a maior partes dos frigoríficos optam em manter a cotação de 2016.
O levantamento de preço realizado pela Scot Consultoria apontou que em São Paulo a cotação se manteve em 149/@ a vista, no sul de Goiás a R$ 141/@, e em Campo Grande (MS) a referência para os negócios está em R$ 139/@ a vista.
Conforme explica o analista da Consultoria, Alex Santos Lopes, "os varejistas ainda não começaram a recompor seus estoques, então não sabemos como ocorrerá essa reposição", diz. As indústrias aguardam, por tanto, um direcionamento da demanda - que segundo Lopes deve ocorrer a partir do final da segunda quinzena do mês -, para planejar suas compras.
Por outro lado, as dúvidas sobre o volume de oferta neste início de ano, compõe o cenário de incerteza. A expectativa do analista é de que "há grande chances dos preços mudarem nesta semana, devido ausência dos pecuaristas dos negócios", destaca.
No decorrer do ano a tendência é de que, refletindo a baixa no mercado de reposição, eleve a participação de fêmeas nas escalas de abate. Assim, caso a demanda não corresponda poderemos ter um mercado pressionado em 2017.
Para Lopes a arroba deverá oscilar em linha com o IPCA, "mas não devemos nos surpreender se houver perda de receita real ao pecuarista", alerta.
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