Frigoríficos reduzem ritmo de abate e mantém pressão sobre os preços de compra do boi gordo
A semana inicia com maior "interesse dos pecuaristas em negociar, porém, as indústrias seguem na postura defensiva", afirma o analista da Radar Investimentos, Douglas Coelho. Em São Paulo a média de preço permanece em R$ 150,00/@ a vista.
Na tentativa de evitar formação de estoques, visto que as vendas no atacado e varejo estão baixas para o período do ano, os frigoríficos têm abatido menos, dando a falsa impressão de escalas mais confortáveis.
Em São Paulo as programações de abate atendem, em média, 5 dias úteis. Contudo, há relatos de indústrias menores com preenchimentos mais curtos, gerando um grande diferencial no estado. "O fato das escalas estarem diferentes dificulta movimentos coordenados de oferta de compra", explica Coelho.
Para as próximas semanas a ociosidade das indústrias acima da média para o período, deve refletir no enxugamento nos estoques e, consequentemente altas pontuais no atacado. "O preço pode ganhar força dependendo da demanda e, desencadeando pagamento maior dos frigoríficos na matéria prima", acrescenta o analista.
Já nos próximos sete dias, o mercado deve permanecer travado a esperada de resultados positivos do consumo.
Exportações
Com o mercado interno fraco, o setor tem apostado nas exportações para ajudar no escoamento da produção. Nos últimos meses, no entanto, a queda no dólar vem reduzindo a competitividade da carne brasileira no mercado internacional.
Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, em outubro, o Brasil exportou 83,4 mil toneladas de carne bovina in natura, uma queda de 23,2% na comparação com o mesmo período do ano passado e 10,3% em relação a setembro último.
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