Boi: Em SP, preços médios em R$ 150,00/@; de maio a outubro, mercado registra perdas de R$ 5,00 a R$ 6,00

Publicado em 03/11/2016 11:14
Confira a entrevista de Caio Toledo Godoy - FCStone
Mercado segue travado no Brasil, com a demanda fraca limitando o potencial de alta dos preços trazido pela oferta restrita do momento. Chegada do 13º salário não deve mudar quadro do consumo e essa renda "extra" poderia ir para o pagamento de dívidas e não para mais compra de carnes.

O mercado do boi gordo segue pressionado em São Paulo nesta semana. Apesar de indicativos positivos para a demanda [como o início de mês e a proximidade com o final do ano] a dificuldade em escoar a produção persiste e, os frigoríficos testam patamares abaixo dos R$150,00/@.

Evitando ficar estocados, as indústrias conseguem manter os negócios na média de R$ 148,00 a R$ 150,00/@, mesmo diante da baixa disponibilidade de animais terminados. De maio a outubro o mercado perdeu de R$ 5,00 a R$ 6,00 pela arroba negociada.

Conforme explica o analista da FCSTone, Caio Toledo Godoy, "se estivéssemos em um ano com a demanda caminhando bem, teríamos a arroba para cima, já que a oferta é bastante restrita". No entanto, a realidade é de consumo conseguindo superar a redução na produção.

Por outro lado, a baixa disponibilidade de animais é um fato positivo de sustentação ao mercado, que poderia estar com declínio mais forte neste ano.

Godoy destaca ainda que "em São Paulo o mercado está mais travado na comparação com os demais estados" e, os diferenciais de base estão se estreitando.

Tendência

As projeções para os próximos meses do ano ainda são positivas considerando a possibilidade de maior movimentação econômica no período, com o pagamento da primeira parcela dos décimos terceiros salários, contratações temporárias e férias.

Contudo, Godoy ressalta que o endividamento das famílias pode influenciar esse cenário. "O acréscimo na renda pode não ser direcionado ao consumo, mas sim ao pagamento de contas", alerta.

Além disso, a expectativa é de que mesmo com um incremento da demanda os frigoríficos devem, a princípio, manter as margens de comercialização sem bancar altas na arroba.

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Por:
Carla Mendes e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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