Margens apertadas dos frigoríficos reduziram ritmo de compras do boi gordo e pressão sobre os preços da arroba tende a continuar
O lento escoamento de carne e a dificuldade nos reajustes de preços no varejo vêm estreitando as margens de comercialização nas indústrias.
Nas últimas semanas esses fatores provocaram um movimento de ajuste na capacidade produtiva dos frigoríficos que passaram pular dias de abate e reduzir o volume de compras.
Assim, o mercado voltou a ficar pressionando sendo possível observar recuos em diversas praças. De acordo com o analista de mercado, Breno Maia, da Socopa Corretora, em São Paulo as ofertas de balcão nesta quarta-feira (06) variam entre R$ 152,00 a R$ 154,00/@, mas sem registro de negócios efetivados nesses patamares.
"E para pior a situação da demanda, o câmbio nos últimos quinze dias começou a cair, voltando a uma taxa média de R$ 3,30 e complicando o fechamento de novos contratos de exportação", destaca Maia.
Esse fator pode gerar um excedente ainda maior no mercado interno que está reprimido desde o segundo semestre do ano passado.
Diante disso, a expectativa do analista é de que a pressão sobre a arroba possa persistir no curto prazo.
Outro aspecto que dificulta a evolução das cotações no mercado paulista, já que a disponibilidade de boiadas é restrita, tem sido o diferencial de base com relação aos demais estados.
"Enquanto as outras praças não subirem a cotação, fica cada vez mais difícil chegar a R$ 160,00/@", diz Maia.
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