Cenário piora para toda a cadeia da carne, com recuos na arroba, nos preços da carne e nas exportações
A semana encerra com pressão nas cotações da arroba. O mercado nos últimos dias tem sentido o aumento gradual da oferta no período de entressafra, ao passo que a demanda não demonstrar nenhum sinal de reação.
Nem mesmo as vendas externas, que correspondem a 20% do mercado brasileiro, estão conseguindo avançar. Os desdobramentos políticos nos últimos meses trouxe um alivio para o mercado financeiro e, como consequência a taxa cambial se enfraqueceu.
"Isso já se refletiu nos números de abril, é claro que não só em função do dólar pois o mês também foi fraco em volume, mas tirou um pouco daquela expectativa de excesso de exportação neste ano a ponto de salvar a demanda", ressalta o analista da MBAgro, César de Castro Alves.
No comparativo de março para abril, os embarques recuaram de 110 mil toneladas, para 87 mil t, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento e Comercio Exterior (MDIC).
A oferta, de maneira geral, ainda é restrita considerando a disponibilidade dos demais anos. No entanto, a redução das chuvas e na capacidade de suporte das pastagens, elevou as entregas nos últimos dias que embora não seja expressiva, diante de um consumo fraco, têm promovido pressões.
"Além desses fatores, temos visto a carne saindo forte nos últimos 30 dias. Então, se por um lado a queda no boi poderia melhorar a condição dos frigoríficos, como a carne caiu mais que na proporção, a margem deles está ainda pior", alerta Alves.
Após o período de entressafra, a expectativa de um confinamento menor, consequência dos altos custos com a reposição e o milho, pode dar novo fôlego às cotações. "Há um certo pessimismo no curto prazo, maio teremos uma cotação mais baixa, e depois ela tende a subir", explica o analista.
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