Alta de 2% nos animais confinados em 2016 pode não se confirmar. Apenas 52% das 746 mil cabeças previstas para engorda estão compradas
A Assocon (Associação Nacional dos Confinadores) divulgou sua primeira estimativa para o confinamento neste ano. De acordo com a pesquisa os pecuaristas devem aumentar em 2% o volume de gado confinado neste ano, em relação a 2015.
Para 2016, a projeção é de 745.742 cabeças. Segundo o gerente executivo da Assocon, Bruno Andrade, esse crescimento menor é reflexo do aumento nos custos de produção.
"Quando questionamos nossos associados de qual porcentagem de animais ele já tem garantido para entrar no confinamento, a resposta é de que apenas 52% estão garantindo. Ou seja, existe uma possibilidade muito grande desse crescimento não existir", alerta Andrade.
A reposição e o milho correspondem a 90% do custo total da atividade, e ambos estão significativamente elevados em 2016. A pesquisa mostra que o custo de produção da arroba engordada no confinamento em março de 2016 apresentou elevação de 23% em relação a março de 2015. O retorno/animal projetado para o primeiro semestre é negativo, na ordem de 1@ por animal, considerando todos os insumos de produção a preços de mercado.
"Esse provavelmente será um ano onde o pecuarista precisará sobreviver, mantendo o padrão da produção sem reduzir os investimentos. Será um ano para garantir a rentabilidade mínima", ressalta o gerente.
Também foi possível observar na pesquisa da Assocon que alguns empreendimentos médios e grandes pretendem ampliar o confinamento para 2016, porém isso é considerado um movimento de poucos projetos pecuários. Alguns desses confinamentos estão localizados nos estados do Pará, Maranhão e Bahia e apresentam pretensão inicial de crescimento acima da média.
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