Frigoríficos paulistas buscam animais em outros estados e alongam escalas em até 5 dias. Em GO e MS , preços da @ recuam até R$ 3,00

Publicado em 14/04/2016 12:08
Em São Paulo, as compras ocorrem entre R$155,00 e R$ 160,00 por arroba

O aumento na entrega dos animais, decorrente da degradação das pastagens está promovendo pressão sobre as cotações. Em São Paulo, os frigoríficos estão buscando boiadas em outros estados com objetivo de aproveitar as quedas que ainda não são observadas na praça paulista.

De acordo com o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, esse cenário "já era esperada pelo mercado, mas neste caso os preços ainda são bastante atrativos, mesmo com a queda de R$ 2 a R$ 3 reais em alguns estados", explica.

Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais apresentam as piores condições de suporte das pastagens e as maiores quedas nas cotações. Por isso, é possível observar algumas indústrias de São Paulo realizando compra nessas praças e conseguindo alongar suas escalas em até 5 dias úteis.

Na praça paulista o cenário é um pouco diferente, embora a oferta nos últimos dias tenha aumentado tradicionalmente o estado têm um volume menor de animais a pasto, por isso as cotações ainda conseguem se manter entre R$ 155,00 a R$ 160,00/@ a vista. "Porém, com o avanço das escalas de abate a tendência é que os frigoríficos paulistas também forcem a baixa nos preços de balcão", ressalta Iglesias.

No curto prazo ainda são esperadas novas quedas de R$ 2 a R$ 3 nas cotações, devido ao avanço do período de transição entre safra e entressafra. Para o analista, entre os meses de junho e julho ainda haverá remanescentes da oferta de safra e, posteriormente o mercado passará a trabalhar efetivamente com animais de cocho.

Confinamento

O preço elevado do milho encareceu o confinamento no primeiro semestre deste ano. Além disso, os valores da reposição dos últimos dois anos também pesam sobre os custos da atividade.

Com isso, a expectativa é que tenhamos pelo segundo ano consecutivo uma queda no volume de animais confinamento. "Então, poderemos ter uma oferta ainda limitada no segundo semestre de 2016, que resultaria em preços cada vez mais elevados", alerta Iglesias.

Além disso, o analista lembra que a composição dos custos no confinamento é diferente da safra, por isso, nesses atuais patamares de preço a rentabilidade estaria pressionada.

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Tags:
Por:
Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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