Frigoríficos só efetivam compras do boi a preços acima dos R$155,00/@ em SP. Grandes indústrias mantém pressão mas vêm escalas encurtarem
Os frigoríficos seguem testando a pressão sobre as cotações do boi gordo, no entanto, os pecuaristas continuam resistentes a entregar seus animais em menor valor. Em São Paulo, os negócios estão lentos e não ocorrem abaixo de R$ 155,00/@.
A pressão maior é promovida pelas indústrias de grande porte, mas com a dificuldade de adquirir matéria prima a preços baixos, vêm suas escalas de abate encurtando.
"As programações estão encurtando dia a dia, e a conseqüência disso será um enxugamento no mercado de carne, fazendo com que os frigoríficos voltem a precisar pagar os preços anteriores no boi", considera o analista de mercado da Socopa Corretora, Marcelo Costa.
Para ele, a baixa disponibilidade de animais terminados impedirá que as cotações do boi gordo recuem significativamente, mesmo com a tentativa das indústrias que ajuste na capacidade produtiva.
Outro fator importante para o escoamento da produção e sustentação nos preços da carne no varejo, são as exportações que ganharam ritmo no mês anterior, e já apresentam bons resultados na primeira semana de março.
"É mais provável um ajuste na carne, que irá enxugar, voltando a dar margem às indústrias, do que o preço do boi cair muito", ressalta Costa.
No mercado atacadista, o boi casado de animais castrados segue cotado em R$9,60/kg.
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